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Novartis e Conasems lançam relatório sobre doenças cardiovasculares

por Redação
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O projeto Viva Saúde Cardiovascular, parceria entre a Novartis e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), com apoio técnico da Kune Consulting, consultoria especializada no setor de saúde, publicou um relatório com mais de 50 recomendações para o fortalecimento da saúde cardiovascular no Sistema Único de Saúde (SUS). O documento, apresentado durante o 37º Congresso Conasems, é fruto da primeira fase da parceria, que analisou e discutiu de forma técnica entre gestores, trabalhadores da saúde, especialistas e demais atores estratégicos os desafios e fortalezas do manejo da saúde cardiovascular na rede pública de saúde do Brasil.

As recomendações feitas seguem cinco linhas estratégicas, que envolvem a gestão da atenção básica, coordenação assistencial e clínica, autocuidado, acesso e governança. Em cada uma dessas categorias, há as linhas de melhoria, que então elencam ações concretas para a implementação desses avanços. Dentre os pontos listados estão, por exemplo, o aumento do conhecimento da população sobre as doenças cardiovasculares e os fatores de risco, e a adoção de soluções digitais para agilizar o atendimento às demandas de saúde cardiovascular.

O fortalecimento da coordenação dos cuidados cardiovasculares entre as equipes da atenção básica e os demais níveis de cuidado na saúde — transversalidade essa que poderia ser alcançada com a incorporação de tecnologias de apoio à coordenação assistencial e clínica — também são apontados como fatores que poderiam melhorar a gestão da saúde cardiovascular em todos os níveis de atenção.

“Foram 18 meses de muito trabalho para mapear e analisar as potências e desafios da saúde cardiovascular no Brasil. Foram envolvidos no processo diversos especialistas e representantes de entidades públicas para contribuir com a elaboração das recomendações de melhorias para fortalecimento do SUS”, conta Jessica Salgado, líder de novas parcerias e modelos comerciais da Novartis. “Coletivamente com os parceiros, concluímos que 24 das 53 recomendações são implementáveis a partir da perspectiva da gestão municipal, enquanto as demais requerem o engajamento estadual e federal”, completa.

Segundo Hisham Hamida, presidente do Conasems, o foco é proporcionar uma melhor saúde para a população, que encare de frente a questão cardiovascular e que reconheça esse desafio, apoiando as pessoas e as comunidades por meio das equipes de saúde para assim, todos viverem melhor.

“O projeto Viva Saúde Cardiovascular, permitiu — de forma holística — identificar ações para melhorar a resposta do SUS às doenças cardiovasculares, que são uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil. Nesse primeiro momento, o projeto identificou o que deve ser feito, e as próximas etapas devem focar mais no desenvolvimento e na implementação dessas ações. Para isso, é importante considerar à participação estruturada dos usuários nas decisões e na avaliação das ações e da qualidade da assistência, assim como, levar em conta a magnitude continental do Brasil, que exige necessariamente adaptações locais para o desenvolvimento de soluções e intervenções que contemplem organizacional e estruturalmente as diferenças existentes e um nível adequado de autogestão clínica, municipal ou regional”, comenta Karen Costa, CEO Kune Saúde Consulting.

Para Leandro Fonseca, diretor de assuntos corporativos e sustentabilidade dos sistemas de saúde da Novartis Brasil, as recomendações vão ao encontro do compromisso da companhia com a saúde pública e com a saúde dos pacientes. “Somos parte do sistema de saúde e queremos contribuir para que a atenção básica do SUS seja fortalecida e que esteja bem estruturada para fornecer os cuidados primários e preventivos à saúde cardiovascular. A identificação precoce e o tratamento adequado dessas condições primárias, evitando que eventos mais graves ocorram, é mais efetiva em preservar a saúde cardiovascular e a qualidade de vida dos pacientes do que o tratamento de complicações já avançadas”, explica Fonseca. “Queremos ser parceiros estratégicos do sistema público de saúde na assistência à condição cardiovascular, que é a principal causa de morte no País, contribuindo para melhorar a jornada do paciente e fortalecendo a atenção básica”, completa.

Doenças cardiovasculares no Brasil

As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes em todo o mundo, atingindo, no Brasil, cerca de 400 mil mortes/ano — surpreendentemente, causando a morte de um brasileiro a cada 90 segundos —, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Também segundo a entidade médica, as doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que todos os tipos de câncer juntos e 2,3 vezes mais que as todas as causas externas (acidentes e violência).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares lideram as causas de óbitos entre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), causando grande impacto na qualidade de vida, com altos custos financeiros e sociais. E mais de três quartos das mortes por doenças cardiovasculares ocorrem em países de baixa e média renda.

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