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Unidos Pela Vacina ampliará vacinação contra Covid no Acre e no Maranhão

por Redação
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O Grupo Muleres do Brasil, em mais uma iniciativa em prol da conscientização e mobilização para ações coletivas e efetivas a favor da saúde pública, anuncia a continuidade do movimento Unidos Pela Vacina nos estados do Acre e do Maranhão, com o lançamento de um programa que será desenvolvido de julho a setembro. A iniciativa conta com a parceria dos conselhos de Secretarias Municipais de Saúde dos estados do Acre e do Maranhão e de suas secretarias estaduais da saúde, contando com o financiamento do Usaid (United States Agency For International Development), NPI Expand (New Partnerships Initiative) e a Sitawi Finanças do Bem.

O programa é baseado no piloto “Vacina Já Amapá — A luta contra a Covid-19 não pode parar!”, que promoveu, com o apoio técnico da Fiocruz Bio-Manguinhos, iniciativas para reverter a baixa cobertura vacinal da Covid-19 e fomentar a capacitação e sensibilização dos profissionais de saúde envolvidos nas ações de imunização, no Amapá.

A ação, ocorrida entre julho de 2022 e maio deste ano, certificou cerca de 48 profissionais de saúde, por meio da “Capacitação de Monitores em Programas de Imunizações”, que, com a multiplicação, alcançou mais de 794 profissionais de todo o estado. Para além da atuação no enfrentamento à Covid-19, o resultado foi expresso na Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite, que, até 28 de outubro de 2022, teve aumento de mais de 72% na cobertura vacinal, colocando o Amapá como o segundo estado no país com a melhor cobertura na Campanha contra Poliomielite.

Panorama nos estados

O estado do Acre é formado por 22 municípios com uma população estimada de 830 mil habitantes, (IBGE, 2022). Deste total, apenas 5,94% são beneficiários da saúde suplementar, equivalente a, aproximadamente, 45 mil pessoas. Considera-se, portanto, que a população do estado é 100% dependente do Sistema Único de Saúde (SUS). A região enfrenta vários desafios complexos e latentes no campo da saúde pública, que permeiam três eixos centrais: a vasta extensão territorial do estado que dificulta a distribuição e o acesso aos serviços de saúde; a ausência de treinamento dos profissionais de saúde e a dificuldade de mantê-los seguros nas áreas mais remotas, resultando em escassez de recursos humanos; e a falta de medidas preventivas eficazes e de informações.

Quanto à cobertura vacinal da Covid-19 no Acre, ainda há um baixo índice de adesão, principalmente em relação à dose de reforço e à vacinação de crianças – em maio de 2023, somente 31% da população recebeu a dose de reforço. Já para a população infantil, com idade a partir de 3 anos, 44,5% recebeu a primeira dose, 20,63% a segunda ou dose única, e 46,64% a dose de reforço, segundo o Portal da Transparência do Estados do Acre.

Já o Maranhão, com uma população aproximada de 6.700 milhões de pessoas (IBGE, 2022) e 217 municípios, conta com 19 regiões de saúde e quatro macrorregiões. Apesar dos esforços e avanços implementados no estado ao longo dos anos, ainda enfrenta importantes desafios na área de saúde relacionados a doenças infecciosas e parasitárias, violência e dificuldade de acesso aos serviços. Com relação à vacinação contra a Covid- 19, o estado enfrenta desafios para aumentar a cobertura, principalmente para a vacina bivalente, cujo percentual de aplicação ainda é baixo: primeira dose, 80,62% da população foi vacinada; 68,19% recebeu a segunda e 30,47% a dose de reforço.

De acordo com Tayara Costa Pereira, coordenadora estadual de imunização, são inúmeros os fatores que contribuem para a baixa adesão às vacinas. “Podemos citar alguns aspectos importantes que impactam negativamente neste engajamento, como aceitação e sensibilização da população, barreiras de acesso aos serviços e garantia de treinamento técnico para os profissionais que atuam nas salas de vacinação”, enfatiza a profissional.

O objetivo da iniciativa Unidos pela Vacina é capacitar os profissionais que atuam nas salas de vacinação, promovendo conhecimento técnico e gerencial. O programa consiste em um curso teórico-prático de 40 horas, distribuídas em 5 dias, voltado a profissionais de saúde que tenham, no mínimo, dois anos de experiência em imunizações e que sejam servidores estáveis dos municípios ou do estado. Serão garantidas vagas para os profissionais que atuam no Distrito Sanitário Especial Indígena, de ambos os estados. No Acre acontecerá nos municípios de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, formando 155 profissionais; já no Maranhão, serão contemplados os municípios de São Luís, Imperatriz, Timom, Santa Inês, formando 300 profissionais.

O programa abordará os seguintes temas: conceitos fundamentais de imunologia e os aspectos práticos da vacinação, manejo dos calendários Vacinais, organização de sala de Vacinação, conservação e transporte de vacinas, administração segura de vacinas, eventos adversos pós-vacinação, manejo de emergências em sala de vacinação e metas de cobertura vacinal e estratégias de vacinação.

“Nosso intuito é desenvolver, sensibilizar, instrumentalizar e promover confiança para esses profissionais que atuam nas salas de vacinação, assim como, desmistificar, instruir, prevenir e reconquistar a população, de modo a aumentar a adesão na cobertura de vacinas e controle das doenças imunopreveníveis”, afirma Evelyn Placido, da Capacita Imune, responsável pela equipe técnica que irá implementar os treinamentos.

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