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BP atinge a marca de 1000 transplantes de medula óssea

por Redação
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Milena Souza, então com 22 anos em 2017, estava entusiasmada com sua viagem de formatura da Faculdade de Administração para Arraial do Cabo/RJ. No entanto, na semana em que iria viajar, surgiu uma mancha escura em seu braço, que não doía e não decorria de nenhum atrito ou pancada. Intrigada, ela procurou um médico, que solicitou um exame de sangue. O resultado apontou que seus leucócitos estavam muito altos e sua plaquetas muito baixas, e a médica lhe informou que aquilo poderia ser um sinal de leucemia. Diante da notícia, a viagem foi cancelada, e a jovem foi afastada do trabalho que exercia em uma instituição financeira. Foi então encaminhada para uma consulta com o Dr. Breno Gusmão, hematologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde do país, que pediu uma avaliação de medula óssea – exame para estudar a produção das células sanguíneas. Alguns dias depois veio o resultado: leucemia linfoide aguda.

Após uma série de sessões de quimioterapia, foi constatado que Milena, por ora, estava livre de células cancerígenas no sangue. Porém, a equipe precisaria optar por duas linhas de tratamento para que a jovem ficasse, enfim, totalmente curada: seguir com a quimioterapia por mais dois anos ou entrar na fila para um transplante de medula óssea. A segunda opção foi a escolhida, e a jovem entrou na fila de espera por um doador compatível. Foi quando veio a notícia de que dois doadores foram encontrados: um no Brasil e outro fora do país. “A probabilidade de encontrar uma pessoa compatível no banco de medula é bastante variável”, explica Breno, “e depende de haver alguém compatível, geralmente de etnias e origens similares”. Foi escolhido o doador brasileiro e, em julho de 2017, ela foi internada para realizar o TMO. A “pega”, que é quando a medula é reconhecida pelo organismo, ocorreu no dia 17 de julho – 11 dias após a infusão. Em fevereiro de 2018, já reestabelecida, voltava ao trabalho. A média de permanência de internação para o transplante alogênico, ou seja, aqueles que as células precursoras da medula provêm de outro doador, é de 30 dias.

Curiosa e agradecida, Milena pediu a quebra do sigilo do doador via Redome (Registro Brasileiro de Medula Óssea) e conheceu Gustavo. Sua história inusitada chamou a atenção, porque o rapaz só fez a doação para conseguir um atestado que o permitisse se ausentar do trabalho naquele dia para se curar de uma ressaca em casa. Menos de um mês depois, entraram em contato informando que haviam encontrado um receptor. O caso da paulista, natural de Osasco, região metropolitana de São Paulo, é mais um que compõe os 1.000 procedimentos realizados pela instituição – de setembro de 2016 a setembro de 2023, e que solidifica a expertise da BP em TMO.

Com uma estrutura pronta para atendimentos de alta complexidade e apoio de uma ampla equipe multiprofissional, que envolve banco de sangue, médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e farmacêuticos, entre outros, o hub de saúde se consolidou em 2022, pelo quinto ano consecutivo, como o maior transplantador privado de medula óssea do Brasil, com 183 procedimentos, sendo o maior em volume na cidade de São Paulo também pelos últimos 5 anos de acordo com o Registro Brasileiros de Transplantes (RBT) – um crescimento de quase 23% em relação ao ano anterior. E como uma importante extensão do programa de transplante, a BP possui certificações de todas as empresas que possuem produtos da terapia CAR-T aprovados pela ANVISA, e está certificada também para participar do projeto de pesquisa de desenvolvimento do CAR-T nacional.

Projeto Mais TMO

A BP também integra o projeto Mais TMO, uma parceria do Ministério da Saúde por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), criado pelo Ministério da Saúde para qualificar e reduzir a lista de espera dos pacientes do SUS que aguardam leito para a realização do procedimento. A iniciativa disponibilizou 40 leitos para a Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes (CGSNT) para a realização de Transplantes de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) de pacientes do SUS. A BP, por sua vez, ficou responsável por ceder sua estrutura para a realização dos transplantes. Até o momento, 41 procedimentos já foram realizados por meio do Programa.

“Além de disponibilizar a nossa excelente infraestrutura e profissionais de saúde para agilizar a fila do transplante, também investimos na capacitação de centros de saúde em todo o país”, explica Phillip Scheinberg, chefe da Hematologia do Centro de Oncologia e Hematologia da BP.

Para tornar o projeto viável a nível Brasil, foram capacitados 33 centros em 11 estados, mais o Distrito Federal. São eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os centros foram selecionados em parceria com o Ministério da Saúde a partir de um mapeamento que levantou os locais que realizaram transplante de medula óssea via SUS. Já o público contemplado pelo projeto é bem variado, sendo o mais novo com três anos de idade e, o mais velho, com 66 anos.

Dentro do Projeto Mais TMO existe uma parceria com a Casa Hope, instituição filantrópica que oferece apoio biopsicossocial e educacional às crianças e adolescentes portadores e transplantados de medula óssea, fígado e rins, que cumpre um papel de acolhimento junto às famílias durante a fase pré e pós-transplante que vem a São Paulo para o procedimento na BP. Na instituição, todos os envolvidos encontram uma estrutura acolhedora, com dormitórios e refeições, para suportá-los durante todo o processo, que pode durar até 30 dias. “As crianças, inclusive, contam com atividades lúdicas e criativas para passarem por este período da forma mais acolhedora possível”, finaliza Phillip.

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