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Indústrias e governo se mobilizam para fabricar produtos essenciais no combate à pandemia

por Redação
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Entre as alternativas para diminuir a dependência externa de alguns produtos essenciais no combate ao coronavírus, o governo federal, por meio do Ministério da Economia (ME), vem consolidando parcerias com diversas indústrias. Nesta quinta-feira, 9, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Da Costa, visitou a Dow Brasil, indústria química que fica em Hortolândia (SP). Ela é uma das empresas parceiras e está trabalhando a todo vapor para produzir 25 toneladas de álcool em gel, que serão destinadas a doação.

Esse volume equivale a 30 mil litros e teve a produção do primeiro lote (15 mil litros) iniciada na terça-feira, 7. Essa quantidade será distribuída nessa semana para mais de 200 unidades de saúde. São nove hospitais públicos, 18 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 185 Unidades de Saúde (UBS) e quatro Centros de Atenção Psicossociais (Caps), em cinco cidades de São Paulo: Campinas, Guarujá, Hortolândia, Jacareí e Jundiaí. A doação, viabilizada pelas secretarias de saúde, irá atender a necessidade de álcool em gel desses locais pelos próximos três meses. A companhia está avaliando os locais que irão receber a doação do segundo lote de produção.

Muitos parques produtivos estão se transformando para poder atender essa demanda, a fim de contribuir para minimizar os impactos da pandemia no país. Engenheiros estão sendo acionados para pensar em soluções, técnicos estão sendo treinados para fazer testes. Foi criada, assim, uma grande corrente para evitar que o Brasil fique sem esses produtos essenciais ao combate da pandemia. Durante a visita técnica, Da Costa conheceu a readequação de parte da fábrica. A intenção é que aconteça um avanço nessa força-tarefa entre o setor produtivo e o governo. “A indústria brasileira, hoje, está mobilizada para disponibilizar, nacionalmente, aquilo que vai salvar a vida de milhares de brasileiros”, ressaltou o secretário.

Manutenção de empregos

Na ocasião, o secretário e representantes da indústria também trataram de uma parceria que está sendo negociada entre a Dow, a CervBrasil e a Unica para que seja desenvolvido um programa de produção, distribuição e comercialização de álcool (gel ou glicerinado) para suprir a demanda emergencial do Ministério da Saúde em várias regiões do país, o que será uma iniciativa inédita. A possibilidade de multiplicar a capacidade de entrega de álcool glicerinado, em gel e outros produtos sanitizantes com capilaridade em muitos municípios do Brasil, fora dos grandes centros, além de atender a necessidade do produto pode ser fonte de receita emergencial. É um modo de as empresas poderem manter seus trabalhadores. O setor de bebidas, inclusive, gera mais de 3,4 milhões de postos de trabalho, desde o campo até os diferentes pontos de vendas.

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