Pioneira na criação de soluções avançadas de inteligência artificial para o mercado de Seguros Massificados, a Neurotech vai aplicar sua tecnologia de análise e interpretação de grandes volumes de dados para aprimorar os serviços de saúde. Assim como já faz para a área de crédito, as avaliações preditivas serão realizadas com base em dados públicos para, por exemplo, construir o perfil de saúde de pacientes, mapear regiões com maior incidência de determinadas patologias, prever taxas de ocupação de leitos, e principalmente, aplicar medicina preventiva, que consegue evitar infecções e doenças potenciais.
Com isso, o serviço criado poderá prever comorbidades que um indivíduo está mais propenso a desenvolver no futuro. O que permitirá aos hospitais, clínicas e demais instituições do sistema de saúde iniciarem campanhas educativas e tratamentos preventivos, minimizando ou até mesmo evitando danos à vitalidade dos pacientes.
“Essa preocupação em investir na atenção primária para qualidade de vida já é tendência nos mercados mais maduros, como os Estados Unidos. Aqui ainda estamos começando, mas a tecnologia e o uso de dados são pilares para diversas iniciativas nesse sentido, inclusive para precificar o seguro saúde de forma mais justa e benéfica para o estipulante (empresa) e para as operadoras de saúde, o que abre caminho para no futuro engajar o paciente e termos um tratamento mais justo e humanizado no Brasil”, diz Rodrigo Cunha, diretor de Novos Negócios da Neurotech.
Outro ponto positivo é que a ferramenta da empresa, aliada ao time de profissionais, pode ajudar todo o ecossistema do setor, inclusive as operadoras de planos de saúde, a reduzir a pressão sobre os custos, um dos principais dilemas do segmento. “É importante dizer que a maior parte do esforço neste tipo de estudo está na análise e interpretação de um volume muito grande de dados autorizados, seja público ou privado”, afirma.
Isso é possível porque a inteligência artificial permite cruzar centenas de variáveis importantes que vão de dados básicos como a idade, histórico de internações e as condições de saneamento básico da região em que um paciente vive; até os mais complexos, como informações detalhadas de incidências de doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos por faixa etária e do aparelho circulatório por sexo. O resultado disso é mais qualidade de vida com a oferta de melhores formas de tratamentos aos pacientes.
“É bom para todo mundo. Primeiramente para a operadora porque a partir do momento que ela entende melhor os seus dados e traz uma visão do mercado, é possível melhorar os seus custos e a prestação do serviço. Por outro lado, os estipulantes (empresas) passam a ter uma melhor visibilidade e previsibilidade dos seus custos com plano de saúde, por exemplo, e com reajustes anuais”, completa.
Proteção de dados
Apesar de lidar com uma grande variedade de informações, o respeito às normas que garantem a segurança de dados e a privacidade é assegurado, conforme destaca Cunha. Ele explica que questões sensíveis estão fora do radar da empresa. “Não trabalhamos com base no CPF ou dados que identifiquem a pessoa física. A chave para fazermos o mapeamento de soluções, em menor nível, é combinação de dados agregados por região. Além disso, trabalhamos com dados públicos disponibilizados pelo próprio DataSUS e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)”, diz.