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Empresa cria simulador que calcula quantos equipamentos de proteção as equipes de UTIs precisam

por Redação
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Imagine receber o seguinte desafio: calcular a quantidade ideal de equipamentos de proteção (EPIs) que as equipes médicas que trabalham em UTIs precisariam para enfrentar a pandemia de Covid-19 por 60 dias em TODOS os hospitais públicos e privados do Brasil.
Este foi o desafio colocado para o CEO da Paragon Decision Science, Luiz Augusto Franzese, pelo Ministério da Infraestrutura. O governo federal precisava não só descobrir quantos equipamentos eram necessários, mas também como fazer a distribuição disso tudo pelos hospitais do país inteiro em tempo recorde. E ainda com a missão de que não faltassem máscaras, luvas e outros itens essenciais para a proteção dos profissionais de saúde.
Augusto não só aceitou o desafio como fez tudo sem cobrar pelos serviços. Correu atrás de todos os dados, do número de hospitais que o Brasil tem atualmente, de quais eram os itens essenciais de proteção e de como entregar este conjunto de materiais em cada um dos rincões do Brasil. Criou um simulador e rodou vários cenários de entrega dos materiais até chegar ao modelo ideal. “Não foi nada fácil. Mas conseguimos disponibilizar ao ministério qual era a quantidade ideal de equipamentos necessários para proteger as equipes e como fazer isso chegar a todos os hospitais rapidamente”, conta o CEO da Paragon.
O estudo ficou pronto em meados de maio e o simulador foi doado ao governo, a quem cabe agora realizar a entrega dos equipamentos calculados no estudo.
A Paragon também treinou vários funcionários do governo federal, de diversos ministérios, para que pudessem utilizar o simulador.
Augusto chegou a números impressionantes. Descobriu, por exemplo, que para apenas 1 leito de UTI são necessários 96 aventais descartáveis por dia. Quem o ajudou a fazer esta conta foi a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), que calculou o tamanho da equipe médica necessária para uma UTI e quantas vezes esta equipe precisa entrar e sair do leito de UTI em um só dia. “Toda vez que um auxiliar de enfermagem sai de um leito para outro ele precisa trocar de avental”, explica.
O CEO da Paragon contou também com a ajuda do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que disponibilizaram dados como os atuais voos regulares, capacidade dos aviões, entre outros dados. Augusto traçou um cenário de distribuição que envolve o uso de avião e caminhão, e cujo tipo de transporte pode variar conforme o tamanho da carga que precisa ser enviada. Estabeleceu ainda 47 centros de distribuição dos materiais, tendo Guarulhos como centro nacional de abastecimento. “A partir dali você abasteceria o Brasil inteiro ou por avião, ou por caminhão ou com avião mais caminhão”, explica.
Ao todo, foram listados 8 equipamentos de proteção individual (Epis) essenciais às equipes médicas: álcool etílico, álcool em gel, avental descartável, luva não cirúrgica, máscara cirúrgica, máscara N95/PFF2, propé (protetor para os sapatos) e touca hospitalar.

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1 comentário

JOSE ANTONIO OLIVEIRA DE REZENDE 16 de junho de 2020 - 21:11

Parabéns à PARAGON pelo autruismo da iniciativa.
Não cobrou pelo serviço desenvolvido e ajudou uma área muito demandada no país.

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