A healthtech Suprevida, ecossistema digital que conecta pacientes a fornecedores de produtos, serviços e informações de saúde, fechou sua rodada captando R$ 4 milhões de investimentos e valuation de R$ 15,5 milhões. A startup dividiu a rodada em duas partes por conta da pandemia – uma em março de 2020 e outra agora, em outubro de 2021. A estratégia foi uma resposta ao momento de incertezas que o mundo estava vivendo. De um lado, o lockdown no primeiro mês da captação fez com que os investidores parassem para avaliar os impactos da Covid-19 na economia. Do outro, a área de saúde se beneficiou do contexto da pandemia, e a heathtech gerou um enorme interesse em compradores e vendedores.
A captação sustenta o projeto que é a espinha dorsal da Suprevida: possibilitar acesso à saúde, cuidado e bem-estar; e o empoderamento dos consumidores de todo o Brasil no autocuidado domiciliar. Por isso, teve como foco a diversidade de cap table. “Buscamos perfis complementares de investidores, com conhecimentos, foco e intensidade do relacionamento distintos para que, além da contribuição financeira, também ajudem a somar na missão da empresa”, afirma Rodrigo Correia da Silva, CEO e fundador da Suprevida.
Parte da captação foi feita via equity crowdfunding no Kria, também investidora da startup. Só por meio da plataforma foram mais de 100 investidores. O restante do valor veio de uma gama diversificada de investidores, entre eles a Venture Builder Eurolife Investments – com foco em saúde. A empresa já fez toda a jornada de investimentos maduros nos EUA desde o Early Stage até o IPO de Coherus e PDS e, agora, busca repetir o sucesso investindo no Brasil. Para se ter uma ideia da importância desse aporte e do tamanho da confiança do mercado na Suprevida, a Eurolife é também investidora da Pharmacore – empresa líder em P&D de biofármacos e imunobiológico em uma plataforma tecnológica única no país e que está desenvolvendo uma vacina brasileira contra a Covid.
Também se uniram à rodada, a Venture Capital Kadmotek – que tem know-how em temas financeiros e de RH convergentes com o ecossistema Suprevida. A empresa Já teve uma jornada de começo ao final desde Early Stage até Exit com a Consiga+, vendida para o banco Neon. E traz também esse know-how de relacionamentos, foco em crescimento acelerado de valuation e acesso a próximas rodadas de captação.
Outra parte do capital veio do Super-Anjo Bruno Pascon – ex-VP Goldman Sachs, que investe em empresas listadas na Bovespa e em startups de impacto social como a Suprevida. Por último, Insper Angels e FeaAngels – investidores qualificados de Early Stage com participação em startups diversificadas e competências bem variadas. “Para uma startup ter sucesso, além de capital, ela precisa de um time de fundadores, um mercado interessante e um produto ou serviço bem estruturado. E esse é o caso da Suprevida”, diz Fernando Rolim, vice-presidente da FEA Angels. “Nós como investidor-anjo somos parceiros estratégicos que apoiam o empreendedorismo e toda a inovação e tecnologia que esse ecossistema gera por meio de investimento e também com conhecimento e networking”, completa.
Por isso, analisa Rodrigo, a diversidade na rodada foi importante, porque traz uma visão ampla, insights importantes para o crescimento da empresa e conexões com outras startups. Com o valor, a healthtech vai ampliar seus serviços e rede para os sellers, divulgação para os buyers, além de melhorias da plataforma de sustentação do ecossistema e testes para inovação e geração de valor para o público. “Nossa rodada foi um sucesso tanto em valor quanto em composição do cap table dentro de nossa visão estratégica de diversidade. Acreditamos que acolher uma gama diversa de investidores é uma grande vantagem competitiva, pois nos coloca em sintonia com o mundo real, em que nossas soluções são ofertadas”, finaliza o CEO.