Em 26 de abril comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, uma data instituída com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico e tratamento preventivo da doença e dos fatores que são considerados agravantes para o desenvolvimento da pressão alta.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a hipertensão arterial, caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial acima de 140 por 90 milímetro de mercúrio, popularmente conhecida como 14 por 9 – afeta um em cada três adultos em todo o mundo e quase metade deles não têm conhecimento sobre a sua condição. De 1990 a 2019, por exemplo, o número de pessoas que convivem com a doença dobrou e atualmente esse índice ultrapassa 1,3 bilhão de pessoas.
Por isso, a disseminação de informações sobre o tema é fundamental para o combate da doença e para alertar a população sobre os riscos do desenvolvimento de outras complicações como derrames, também chamado de acidente vascular cerebral (AVC), ataques cardíacos, danos renais e outros problemas de saúde que podem ser resultantes da pressão alta.
Segundo o médico cardiologista do Sabin Atibaia, Dr. Marcelo Munhoz de Morais, entre as principais causas da hipertensão arterial estão a obesidade, histórico familiar, estresse e o envelhecimento. No caso do sobrepeso, a condição pode acelerar em 10 anos o aparecimento da doença, assim como o consumo do sal em quantidades exageradas tem graves efeitos para a saúde humana.
“A alimentação e o estilo de vida desregrado, em suma, estão diretamente associados à progressão de quadros de pressão alta em jovens e adultos. Assim, na grande maioria dos casos, a doença não tem uma cura em si, mas pode ser controlada por meio da mudança de hábitos, redução na quantidade de sal ingerido e prática regular de exercícios, bem como moderação no consumo de bebidas alcoólicas e abstenção do fumo”, explica o especialista.
O cardiologista da instituição privada de saúde acrescenta que, apesar da doença ser muitas vezes silenciosa e não ter sintomas específicos, algumas pessoas podem apresentar dores de cabeça, tonturas, zumbidos no ouvido, dor no peito e fraqueza como sinais de alerta.
“Em casos assim, o único modo de diagnóstico é a aferição da pressão. Ela é recomendada para pessoas acima dos 20 anos ao menos uma vez por ano, mesmo sem sintomas. Se houver histórico familiar, aconselha-se duas vezes ao ano. Contudo, a melhor forma é prevenir o aparecimento da doença adotando um estilo de vida mais saudável, esse é o melhor remédio”, finaliza o cardiologista do Sabin Atibaia.