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Healthtechs vivem boom, mas só 30% receberam algum tipo de investimento

por Redação
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Os dois últimos anos foram marcados por um crescimento exponencial das as healthtechs, startups especializadas em saúde, que continuam em franca expansão no mercado brasileiro. Estudo da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), divulgado anualmente, que as healthtechs já compõem o segundo maior segmento de startups do país, que cresce a cada ano. O levantamento mostra que das 215 startups mapeadas, 45% foram criadas entre 2019 e 2021, identificando uma forte relação entre a pandemia e o desenvolvimento de ideias disruptivas no setor para a melhora da qualidade de vida dos brasileiros. 

Ainda segundo a Abstartups, mais de 32% de todas as startups do país estão concentradas no estado de São Paulo e o cenário não é diferente quando se trata das healthtechs: 34% das 215 startups mapeadas estão no estado de São Paulo e 22% estão na capital paulista, indicando que apesar dos esforços para expandir o ecossistema ainda há um longo caminho a ser percorrido e mapeamentos como este são essenciais para que sejam notados pontos de melhoria.

O estudo revela que em 2020 cerca de 30% das healthtechs receberam juntas mais de R$ 31 milhões em investimentos, e somente 7,91% não captaram recursos por não conseguir investidor. Os números demonstram o potencial de crescimento e a atração de investidores no mercado, oferecendo muitas oportunidades de negócio e de desenvolvi- mento para as startups.

De acordo com Luiz Othero, diretor-executivo da Abstartups, o cenário apresentado no estudo indica que ainda há muito espaço para inovação e desenvolvimento de tecnologias disruptivas para o aprimoramento da saúde no Brasil. “Muitas startups foram criadas especificamente para as demandas da pandemia e com a melhora da situação estas soluções vão deixar de serem necessárias, mas a tecnologia desenvolvida para isso, assim como o know-how adquirido, vai permitir que sejam criadas novas respostas para outros problemas”, explica.

Uma das grandes tendências para o mercado de saúde é a transformação digital e a convergência de modelos assistenciais, com o ecossistema global se virando para computação em nuvem, telecomunicações 5G, inteligência artificial, interoperabilidade de dados e analytics. Para as healthtechs, essa é uma oportunidade de trazer soluções tecnológicas inovadoras e introduzir nas cadeias de valor já existentes elementos para otimizar processos, melhorar a experiência do paciente e sedimentar a utilização de dados para tomada de decisões em saúde, enfatiza o estudo.

Outro dado interessante apontado pelo relatório da Abstartups é que no Brasil o setor está passando por um grande processo de consolidação, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos há mais tempo. Com 150 transações no último ano, que movimentaram mais de R$ 20 bilhões, o mercado de saúde é o que registrou mais fusões e aquisições nos últimos anos e as maiores operações de compra de empresa na economia brasileira. Esse aquecimento pôde ser sentido nas healthtechs: quase metade (45%) das healthtechs tem até três anos de operação e a maior taxa de abertura dessas empresas ocorreu durante a pandemia

Com um cenário promissor mesmo antes da pandemia, o Brasil já era o maior mercado de saúde da América Latina e o sétimo maior do mundo em 2019, de acordo com o Global Startup Ecosystem Report, realizado pelo Startup Genome, que avalia os principais ecossistemas ao redor do mundo. Devido ao contexto instaurado após este período, as healthtechs ganharam impulso a nível global quando gigantes do mercado passaram a voltar seus olhos para o setor, e o boom das healthtechs chega ao Brasil.

De acordo com o mapeamento da Abstartups, a maioria das healthtechs estão em fase de tração, demonstrando que existe um alto nível de maturidade das soluções e que a transformação do setor já é uma realidade. Gestão é a categoria de soluções com o maior número de startups em fase de tração (45%), e também é a principal na fase de escala (27%). Categoria esta que vem se apresentando como referência para grandes decisões e tendências de mercado.

Em fase de validação, além de gestão (16%), dispositivos médicos (20%) e telemedicina (18%) são os principais destaques entre as soluções de saúde que vão impactar o setor nos próximos anos. Marketplace também é destaque e já é uma nova alternativa de acesso aos cuidados da saúde de milhares de brasileiros.

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