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Transações de private equity na área da saúde somaram US$ 90 bi em 2022

por Redação
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Apesar de uma desaceleração causada por forças macroeconômicas e geopolíticas na segunda metade do ano passado, 2022 foi o segundo melhor período registrado para transações na área de saúde, aponta o 12º relatório anual Global Healthcare Private Equity and M&A, da Bain & Company. O valor total de transações alcançou quase US$ 90 bilhões, abaixo dos US$ 151 bilhões em 2021, mas ainda US$ 10 bilhões acima dos índices de 2020.

O novo relatório da Bain mostra que fundos específicos da área de saúde continuam atrativos neste ano. Hoje, tais fundos têm explorado novas fontes de capital, em busca de subsetores que podem ter um desempenho diferenciado no atual ambiente de mercado. O documento lista os setores que os investidores devem ficar de olho neste ano:

  • Biofarmacêutica e biociências continuam atrativos — Seis dos dez principais negócios do ano passado foram em biofarmacêutica, ferramentas de ciências biológicas e serviços relacionados. Dentro desses subsetores, mais de 600 acordos comerciais relacionados a serviços de saúde foram executados nos últimos cinco anos em todo o mundo. Neste ano, há uma complexidade maior em fechar bons negócios, uma vez que a concorrência por esses ativos continua forte e as avaliações aumentaram, mesmo dentro do atual contexto macro. Desse modo, os investidores precisam definir claramente estratégia, área de atuação e vantagens competitivas mesmo diante das adversidades.
  • Oportunidades de expansão em torno da saúde baseada em valor  — Macrotendências sustentadas continuam a impulsionar a adoção de saúde baseada em valor em diversos modelos de atendimento. Embora a atividade de investimento continue focada na atenção primária e no Medicare Advantage, é possível notar que estão crescendo as oportunidades em outros segmentos de pagamento e de especialidade.

    Os modelos facilitadores representam um caminho atrativo de investimento, com adoção impulsionada pela necessidade de grupos tradicionalmente pagos por serviço participarem de acordos comerciais de risco. Provedores e facilitadores de saúde baseada em valor que podem reduzir custos com modelos de atendimento diferenciados e análise de dados têm chances maiores de sucesso. A Bain identificou que acordos comerciais associados a pagamento por valor podem captar de 15% a 20% da participação de mercado dos fornecedores tradicionais no modelo FFS (do inglês fee for service, ou taxa por serviço) em saúde até 2030, gerando mais investimentos no setor.

  •  Adaptação aos avanços da IA — O último ano registrou significativos avanços para a inteligência artificial generativa (IA), com novos serviços surgindo na geração de imagens e texto. A IA já é aplicada para acelerar descobertas terapêuticas, otimizar cadeias de suprimentos e automatizar backoffices de pagadores e fornecedores. Casos de uso para IA generativa estão apenas começando e os stakeholders estão acompanhando de perto sua evolução, prontos para se adaptar às novidades.
  • A TI na área da saúde continua a crescer — Em 2022, os investimentos em tecnologia na área de saúde atingiram o segundo maior valor já registrado. Com a TI de provedores de saúde como o principal impulsionador, a TI de empresas farmacêuticas e das pagadoras está se recuperando. Nas farmacêuticas, vemos interesse em negócios que usam tecnologia para apoiar a produtividade do fluxo de trabalho e reduzir a duração dos ensaios clínicos. As negociações de TI das pagadoras mostram um interesse contínuo em tecnologia focada em suas funções administrativas.

Atuação regional: a força e  a maturidade da Ásia-Pacífico

Apesar da desaceleração da atividade na China, grandes negócios no Japão, Índia, Coreia do Sul e Austrália representaram a maior parte da atividade de negócios na região Ásia-Pacífico (APAC). Ao contrário do que foi observado na América do Norte e na Europa, a APAC vivenciou um segundo semestre forte, com divulgação de valor de seis transações de US$ 1 bilhão ou mais. Essa significativa atividade regional mostra o amadurecimento desses mercados, com amplitude geográfica e oportunidades crescentes em todos os setores. A tendência é que o interesse dos investidores em private equity na área de saúde da APAC permaneça robusto, já que um conjunto emergente de ativos para investimento segue atraindo o interesse de grandes fundos.

A América do Norte ficou à frente de outras regiões em 2022 em termos de contagem total de negócios e valor divulgado. Embora os volumes de negócios tenham caído quase 25% em relação aos níveis históricos observados em 2021, os volumes de negócios em 2022 ainda representam o segundo melhor ano já registrado. Na Europa, ocorreram 92 acordos comerciais no último ano, uma queda de cerca de 20%, também consolidando 2022 como o segundo melhor ano já registrado para a região.

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