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Doação de órgãos precisa de reforço no Brasil, diz ABTO

por Redação
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Um total de 41.981 brasileiros estão na fila de transplantes, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde este ano. Entre os que aguardam a doação de um órgão, 291 são crianças de até dez anos e 295, adolescentes entre 11 e 17 anos.

No Brasil, a maior parte dos procedimentos é realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS):  87% dos transplantes são feitos com recursos públicos, o que permite que pessoas de todas as idades e classes sociais tenham a oportunidade de serem transplantadas. Dependendo do tipo de transplante, a doação de órgãos é a única esperança de se ter uma vida melhor.

Mas para que todas as pessoas na fila de espera possam ter esta chance, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) reforça a necessidade de a população se conscientizar sobre a causa. No país, a doação de órgãos só pode ser feita mediante a autorização da família.

Segundo dados da ABTO divulgados em 2023, no ano anterior, quase metade das famílias (44%) recusaram a doação de órgãos após a morte de um parente. A conscientização é o melhor caminho para reverter a situação e salvar vidas.

Doação de órgãos: como ocorre no Brasil?

Embora seja um assunto, frequentemente, abordado no setor de cardiologia, a doação de órgãos pode envolver outras áreas da saúde. O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente (receptor) por outro normal de um doador, que pode estar vivo ou morto, conforme definição do Ministério da Saúde. Além do coração, podem ser transplantados fígado, pâncreas, pulmão, rim, medula óssea, ossos e córneas.

No caso de doadores vivos, os transplantes só podem ser possíveis para órgãos específicos, em que haja a possibilidade do doador ter uma vida saudável após o procedimento. Dessa forma, só pode ser doado um dos rins, parte do fígado, do pâncreas e da medula, por exemplo.

Esse tipo de doação só pode ser feita por pessoas em boas condições de saúde e que sejam familiares do receptor, como pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos e cônjuges. Pessoas sem nenhum parentesco só podem doar se houver autorização judicial.

No caso em que o doador é alguém que faleceu, é necessária uma autorização familiar dos pais, responsáveis ou cônjuges. Segundo o Ministério da Saúde, os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e que estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

Todo órgão de doador falecido com menos de 18 anos é primeiro ofertado a uma criança, por esse motivo, o tempo de espera de pacientes da medicina pediatria para transplantes costuma ser menor do que o de adultos.

Para a doação ocorrer, é preciso que se avalie uma série de fatores como tipo sanguíneo, peso e estatura. Durante o período de espera por um órgão, os receptores passam por uma série de exames e acompanhamento profissional, incluindo nutricionista e psicólogo.

Importância do diálogo com a família

A doação de órgãos é um assunto sério que, definitivamente, pode salvar vidas. No entanto, a falta de conscientização da população impossibilita que os números da fila de espera possam diminuir. A recomendação do Ministério da Saúde é que aqueles que desejam ser doadores comuniquem a família e informem sobre a relevância da escolha.

Para muitos familiares, esta não é uma decisão simples, em meio ao momento de luto. Por esse motivo, é preciso conversar sobre o assunto, mesmo que para alguns seja algo desconfortável.

Entre os motivos que fazem com que muitos recusem a realização do procedimento estão questões religiosas, processos burocráticos e espera pela liberação do corpo. Entretanto, é fundamental que os familiares respeitem a escolha da pessoa que decidiu ser doadora de órgãos.

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