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São Paulo representa um terço dos novos casos esperados de câncer colorretal no país

por Redação
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O câncer colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso, isto é, no cólon ou em sua porção final, o reto. São Paulo está entre os estados do Brasil que registram maior incidência de câncer colorretal, com cerca de 4 mil novos casos por ano e representando um terço dos esperados no País. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), os índices dos cânceres de intestino predominam nas regiões Sul e Sudeste e, dentre os alertas, está o excesso de consumo de carne vermelha, diretamente relacionado a maior prevalência deste tipo da doença.

O INCA aponta que o Estado de São Paulo apresenta a maior prevalência de câncer no intestino dentre todos os Estados brasileiros, tanto entre homens quanto mulheres, estimada em cerca de 11.600 novos casos no ano. Em São Paulo, segundo o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e à Secretaria de Estado da Saúde, o câncer de colorretal é o segundo mais incidente nas mulheres (7,4%), atrás apenas do câncer de mama. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional de Saúde, que avaliou os hábitos de consumo alimentar dos brasileiros, o consumo de peixe ao menos uma vez por semana em São Paulo é hábito de apenas 50,5%. No geral, há baixa ingestão de carne branca, frutas, legumes e hortaliças e elevado o consumo de carne vermelha.

Em alusão ao Março Marinho, mês de conscientização sobre o câncer colorretal, o especialista em endoscopia digestiva e mestre em gastroenterologia Ricardo Anuar Dib, do Delboni Auriemo, laboratório da Dasa, ressalta que a doença possui diferentes causas envolvidas em seu desenvolvimento. Em razão disso, além da adoção de uma dieta equilibrada, ela recomenda estabelecer outras medidas preventivas como praticar regularmente exercícios físicos, controlar o peso, evitar fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso. O especialista alerta ainda que alguns casos, a minoria, podem ser resultado de síndromes genéticas e, por isso, os exames preventivos devem ser realizados com mais frequência.

Investigação da doença

O médico revela que o principal exame para investigação de câncer colorretal é a colonoscopia, indicado para homens e mulheres assintomáticos a partir dos 50 anos e com repetição a cada 5 ou 10 anos (de acordo com orientação médica). Recomenda-se também que, caso haja um ou mais episódios de câncer colorretal em parentes de 1º grau, a primeira colonoscopia seja feita a partir dos 40 anos e com repetição anual.

De acordo com o especialista, a investigação da doença também se dá por meio da pesquisa de sangue oculto nas fezes. “Utilizado em muitos casos como triagem prévia à colonoscopia, o exame não é invasivo, é mais barato e de repetição anual”. Também existem exames de sangue que podem contribuir para o diagnóstico precoce, como o marcador tumoral denominado CEA (Antígeno Carcino Embrionário).

Câncer colorretal por síndrome genética

O câncer colorretal é uma doença em que o pico de incidência se dá a partir dos 60 anos. Isso porque o seu desenvolvimento está relacionado com a exposição cumulativa ao longo da vida aos fatores de risco como dieta não equilibrada, sedentarismo, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool. Porém, um a cada 10 casos ocorre devido a uma mutação genética e pode ser registrado em pessoas mais jovens.

Estima-se que 3 a 5% dos casos de câncer colorretal são associados com a síndrome de Lynch, por exemplo. A alteração genética aumenta a predisposição para câncer colorretal e também o surgimento de tumores em outros órgãos como intestino delgado, ovários, endométrios, vias urinárias e mama. Outra doença hereditária que afeta o intestino é a síndrome adenomatosa familiar, quando os pacientes são acometidos por múltiplos pólipos que precisam ser removidos por colonoscopia.

A GeneOne, laboratório de medicina genômica da Dasa, realiza o sequenciamento (leitura) das amostras de sangue dos pacientes com suspeita de serem portadores de uma destas síndromes, com a proposta de identificar mutações no DNA. Dentre seus kits de testes, a GeneOne disponibiliza painéis que investigam a existência das mutações nos genes mais relacionados com predisposição hereditária de câncer colorretal.

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