Simuladores médicos, cirurgias robóticas, telemedicina e tantos outros aparatos tecnológicos têm transformado o setor de saúde nos últimos anos. No Brasil, segundo estudo da consultoria PwC, as startups de saúde, conhecidas como healthtechs, cresceram 16,1% durante o período entre 2019 e 2022. Agora, começa mais uma evolução com as tecnologias do metaverso. Dados da Accenture apontam que 80% dos profissionais de saúde acreditam nos impactos positivos da realidade aumentada e da realidade virtual no setor.
Dentre as vantagens, a capacitação médica é uma das mais citadas. “Equipes cirúrgicas, por exemplo, podem aprender novos procedimentos sem precisar estar fisicamente na mesma sala de cirurgia”, afirma Kaveh Safavi, diretor da Accenture Health.
É justamente essa inovação que o médico Renato Souza, fundador do Ambulatório de Rinoplastia da Otorrinolaringologia da Santa Casa de Belo Horizonte, traz para o ensino dos cirurgiões. Com uso de óculos de realidade aumentada, ele transmite, em tempo real, exatamente o seu campo de visão durante a cirurgia. Ou seja, o aluno, que está fora do bloco cirúrgico, consegue acompanhar a rinoplastia por meio das imagens captadas pelos olhos do cirurgião. É possível ver todos os detalhes das técnicas utilizadas.
A tecnologia garante um ângulo de visão melhor até mesmo que o registrado no acompanhamento presencial. E tem mais, por meio da realidade virtual, é possível interagir e tirar dúvidas. Há outros pontos positivos. O registro em vídeo das imagens com realidade aumentada contribui para o acompanhamento e estudos pós-cirúrgicos.
Liderança em rinoplastia
O Brasil é líder em rinoplastia no mundo, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). Em 2020, foram realizadas 87.879 cirurgias plásticas dessa modalidade no Brasil. Essa posição de liderança é acompanhada pelo uso das melhores técnicas no procedimento.
Otorrinolaringologista com atuação exclusiva em rinosseptoplastia estética, reparadora e funcional, Souza se tornou referência nessas cirurgias e é sempre procurado por profissionais que buscam aperfeiçoar o procedimento.
Foi a partir da demanda por uma melhora na didática que o médico combinou duas tecnologias para fazer, de maneira inédita, uma cirurgia com o uso de dispositivos de realidade aumentada. Souza é titular da Academia Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, e da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial, além de ser membro da da International Federation of Facial Plastic Surgery Societies e da Rhino
Os óculos RealWear Navigator captam, com precisão, o campo de visão do cirurgião, e transmitem, permitindo que o aluno acompanhe os detalhes, como se ele estivesse fazendo a cirurgia. É uma vivência de aprendizado completa, com uso inédito de realidade aumentada.
E tem mais aparatos tecnológicos inovadores. Com a combinação de outro dispositivo, o hands overlay, o aluno, além de assistir e ouvir tudo que acontece durante a cirurgia, poderá interagir, levantando dúvidas e outras questões com relação aos procedimentos realizados naquele instante. “Com essa interação completamos a didática necessária para que o aluno tenha segurança e conhecimento para fazer uma rinoplastia de excelência”, afirma Souza.