Engana-se quem pensa que os exames de imagem ajudam apenas a localizar a lesão cerebral e avaliar a extensão do tumor. Atualmente, já existe um equipamento de ultrassom intraoperatório com imagem ativa que é um aliado importante dos cirurgiões durante os procedimentos cirúrgicos, fornecendo as informações em tempo real, facilitando a tomada de decisões críticas. No Dia Mundial do Cérebro, comemorado em 22 de julho, vale mostrar os benefícios proporcionados pelo ultrassom cirúrgico da BK Medical, único no Brasil utilizado para a neurocirurgia.
Trazido ao Brasil pela Strattner, o dispositivo auxilia o neurocirurgião a poupar áreas saudáveis do cérebro durante a ressecção do tumor (retirada do tumor). Ele pode colaborar nas neurocirurgias ajudando na navegação de imagem com atualizações em tempo real e na identificação de lesões e estruturas anatômicas, fornecendo imediatamente imagens auto otimizadas que permitem ver rapidamente a informação necessária, como visão geral do cérebro/lesão, anatomia e localização da lesão. De acordo com um estudo científico, o equipamento possibilita 16% a mais de sobrevida na ressecção tumoral de glioma de alto grau.
Até a chegada do ultrassom intraoperatório, a cirurgia era feita com base nas imagens pré-operatórias provenientes da ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Ocorre que essas imagens podem estar defasadas poucos minutos após o início da cirurgia, devido a fatores, como o brain shift, nome dado para quando há um deslocamento do cérebro, que acontece durante a cirurgia, principalmente, devido à manipulação na calota craniana e no próprio órgão em meio ao procedimento. Ao haver uma sobreposição dessas imagens pré-operatórias com o ultrassom, em tempo real, reduz-se potencialmente os riscos de não localização de tumores de alto grau ou tumores em sub estágios para início de vigilância.
Sendo assim, o ultrassom Intraoperatório é fundamental para a conduta cirúrgica. Com ele, o médico se municia de informações úteis e detalhadas durante a cirurgia, auxiliando na eficácia e segurança dos procedimentos. O principal componente do equipamento de ultrassom é o transdutor. É ele que emite as ondas sonoras e fica em contato com o cérebro do paciente. A peça é produzida em vários formatos e tamanhos. Para a neurocirurgia intraoperatória, há três tipos de transdutores: Burr Hole, Craniotomia e Hockey Stick.
Em 58% dos casos, a ressecção poderia ser mais eficiente com a utilização do ultrassom2, já que ele permite que o cirurgião identifique tumores remanescentes ressecáveis no intraoperatório, que, utilizando outra técnica, poderiam ser perdidos. Vale ressaltar que o tumor cerebral pode causar danos graves e significativos ao paciente, mesmo os benignos, já que podem afetar as funções motoras do corpo.