Segundo dados da Saúde Digital Brasil, associação que representa os principais operadores de telemedicina do país, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos virtuais já foram realizados por mais de 52,2 mil médicos. De acordo com levantamento do Grupo Conexa, maior player de saúde digital integral da América Latina, as sete consultas mais agendadas com especialistas durante a Covid-19 foram:
1° Psicologia
2° Endocrinologia
3° Psiquiatria
4° Pneumologia
5° Dermatologia
6° Ginecologia e Obstetrícia
7° Cardiologia
E a necessidade de cuidar da saúde mental colocou a Psicologia no topo do ranking. Guilherme Weigert, médico cardiologista e CEO do Grupo Conexa, destaca que, antes da pandemia, a média era de 5 mil teleconsultas em psicologia por mês. “Agora estamos próximos de 150 mil, o que mostra a preocupação das pessoas em procurarem terapia para lidar com luto e demais sintomas emocionais causados pelo atual cenário”.
Além dos tradicionais exames de sangue e etapas de anamnese em que o paciente relata o que está sentindo ao especialista, em alguns atendimentos virtuais é preciso também recorrer a devices e sistemas operacionais. O objetivo é monitorar diariamente o status e demais dados da saúde do paciente. Os dispositivos auxiliam os médicos a acompanhar e metrificar constantemente os resultados mesmo à distância.
Em cardiologia, por exemplo, são utilizados dispositivos de suporte ao exame físico remoto, que fazem ausculta cardíaca e pulmonar, além dos famosos relógios para medição de batimentos cardíacos, quantidade de passos e outras informações que contribuem para tomada de decisão do médico.
As consultas online devem continuar em alta mesmo após a Covid-19. De acordo com a pesquisa “Telemedicina no Brasil”, realizada pelo Grupo Conexa e Datafolha, 73% dos entrevistados pretendem adotar a telessaúde como um hábito. “Cerca de 60% dos médicos brasileiros estão concentrados em apenas 39 munícipios, do total dos 5.570 existentes. Diante desse desequilíbrio, o uso da telessaúde tem se mostrado um grande aliado na democratização do acesso à saúde, derrubando barreiras e aproximando médicos especialistas e pacientes em todas as regiões do país”, conclui Weigert.