terça-feira, abril 30, 2024
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IA otimiza a identificação de eventos adversos em prontuários para melhorar segurança do paciente

por Redação
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A iHealth Group, startup de tecnologia para a área de saúde, desenvolveu uma nova aplicação para ajudar hospitais a melhorar a gestão de risco de incidentes aos pacientes. Com o uso de Inteligência Artificial, a ferramenta é capaz de captar eventos adversos relatados em prontuários médicos por meio da leitura e compreensão de dados não estruturados (conteúdo em formato de texto, sem codificação). 

O propósito da solução da iHealth é ajudar os hospitais a não apenas identificar incidentes, mas também, prevenir, monitorar e reduzir a incidência de eventos adversos nos atendimentos prestados, promovendo, assim, melhorias relacionadas à segurança do paciente e a qualidade do serviço de saúde. 

Uma estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que um em cada dez pacientes sofre dano ao receber assistência hospitalar em países desenvolvidos. Já em hospitais de países de baixa e média renda, a cada ano, 134 milhões de eventos adversos ocorrem devido a cuidados em saúde inseguros, resultando em 2,6 milhões de mortes. 

De acordo com Rafael Morais, diretor de tecnologia da iHealth Group, é muito difícil para a área de gestão de risco conseguir ler manualmente todos os prontuários médicos, porém, com automação gerada pela IA, essa tarefa torna-se viável para diminuir o risco de danos ao paciente. 

“Com a área de gestão de risco apta a acessar informações de 100% dos atendimentos prestados, é possível estabelecer uma cultura de segurança, que pressupõe o aprendizado com as falhas e a prevenção de novos incidentes relacionados à assistência à saúde”, explica Morais. 

Em hospitais, eventos adversos referem-se a ocorrências indesejáveis que resultam em danos à saúde ocorridos durante a prestação de cuidados a um paciente. Eles podem ser causados por uma variedade de fatores, incluindo erros médicos, falhas no sistema de saúde, comunicação inadequada, falhas nos processos de atendimento ao paciente, entre outros. 

No Brasil, todos os serviços de saúde devem constituir Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) para promover e apoiar a implementação de ações voltadas à segurança do paciente, incluindo a notificação de incidentes/eventos adversos ocorridos no serviço de saúde. Nos hospitais, esses núcleos são de responsabilidade da área de gestão de risco e segurança. 

Os incidentes devem ser notificados pela área de gestão de risco à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por meio de um sistema eletrônico chamado Notivisa em até 15 dias após o fato ocorrido e, no caso de óbito, em até 72 horas. 

A seguir estão listados alguns exemplos de eventos adversos que a tecnologia da startup de saúde identifica em prontuários médicos: 

  • Infecções hospitalares: Infecções que os pacientes adquirem enquanto estão em um hospital devido a exposição a bactérias, vírus ou outros patógenos hospitalares. 
  • Erros de medicação: Administração incorreta de medicamentos, dosagens erradas, prescrição inadequada ou mistura de medicamentos. 
  • Quedas e lesões: Pacientes que caem ou se machucam durante a hospitalização devido a fatores como fraqueza, falta de supervisão adequada ou condições do ambiente hospitalar. 
  • Lesões cirúrgicas: Complicações durante ou após cirurgias, como infecções pós-operatórias, lesões em órgãos adjacentes ou até mesmo cirurgias realizadas no local errado do corpo. 
  • Diagnósticos incorretos: Falha na identificação correta da condição médica de um paciente, levando a tratamentos inadequados ou atrasados. 
  • Reações adversas a medicamentos: Respostas negativas inesperadas a medicamentos, mesmo quando administrados corretamente. 
  • Erros de comunicação: Problemas na comunicação entre os membros da equipe médica, como falta de compartilhamento de informações cruciais sobre o paciente. 
  • Equipamentos médicos defeituosos: Uso de equipamentos médicos com falhas que podem causar danos ao paciente. 
  • Negligência ou abuso: Tratamento inadequado, abuso físico ou negligência por parte da equipe médica. 
  • Transfusões sanguíneas inadequadas: Erros no processo de administração de transfusões sanguíneas, como incompatibilidade de grupos sanguíneos. 

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