quarta-feira, outubro 9, 2024
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Acordo com centros dos EUA e Suécia põe o Einstein na vanguarda mundial

por Redação
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A Academic Research Organization (ARO), do Hospital Israelita Albert Einstein, uniu-se, em iniciativa inédita no Brasil, com dois dos principais centros de pesquisa clínica do mundo: CPC Clinical Research, do Colorado (EUA) e Uppsala Clinical Research, de Uppsala (Suécia).

A união dos centros de pesquisa prevê um modelo de colaboração com decisões igualitárias entre as partes com objetivo de criar estudos clínicos mais pragmáticos, de larga escala e descentralizados. O novo formato de trabalho visa principalmente protocolos para pesquisas contra doenças de alto impacto.

Para tornar o trabalho mais efetivo, os pesquisadores contarão com uso de mais tecnologia em todas as etapas do estudo, como big data e startups, que auxiliarão na redução das barreiras físicas que existem hoje.

Atualmente, a maioria dos protocolos é desenhado de forma que os pacientes precisam retornar periodicamente aos centros de pesquisa para que sejam avaliados e, só depois disso, têm seus dados inseridos na pesquisa. Todas essas barreiras poderão ser derrubadas com uso de tecnologias já existentes, como telemedicina, por exemplo.

Outro contexto no qual a tecnologia terá papel fundamental é na escalabilidade, já que alguns protocolos dependem da inclusão de muitos pacientes. Antes, para que isso fosse possível, equipes eram deslocadas para a realização de treinamentos, acompanhamento e até inserção de pacientes, o que elevava não só o tempo de execução, mas também os custos do estudo.

Agora, todo esse processo poderá ser realizado de forma virtual. Com auxílio de programas semelhantes aos utilizados para as consultas de telemedicina, os pesquisadores poderão realizar todas as etapas de credenciamento dos centros de forma virtual.

Otávio Berwanger, do comitê executivo de estudos e da ARO do Einstein explica que este novo modelo de protocolo surge com objetivo de oferecer mais eficiência operacional na condução da pesquisa e maior liderança intelectual sem eliminar os critérios. “A colaboração e o trabalho em conjunto funcionam como ferramentas de alavancagem para a melhoria contínua dos processos. Aqui, temos como principal resultado o empoderamento do paciente, que passa a ser o centro de todo o processo”, explica.

Todos os estudos da iniciativa poderão ser conduzidos concomitantemente nos três países, elevando a proporcionalidade de participantes, miscigenação de povos e descentralização, gerando estudos mais eficientes com respostas ainda mais robustas. A ideia futura é expandir este modelo para projetos em todos os outros continentes.

O primeiro protocolo de pesquisa do grupo já foi desenhado e teve início em outubro com um medicamento muito utilizado atualmente para tratar colesterol, que será testado para a redução de mortalidade e eventos graves em pacientes infartados.

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