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Open Health deve melhorar eficiência das redes de saúde, prevê especialista

por Redação
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Inspirado no Open Banking, o governo federal anunciou a intenção de criar o Open Health, um ambiente virtual que concentraria informações de saúde dos brasileiros, a serem acessadas por instituições da rede pública e privada — como operadoras e seguros saúde, hospitais e laboratórios — mediante a autorização e consentimento do paciente. Em 2020, o Ministério da Saúde lançou a Rede Nacional de Dados da Saúde (RNDS), um sistema que abriga informações dos pacientes atendidos na cadeia nacional de saúde. A iniciativa facilitou o registro da população vacinada contra a covid-19 e outros serviços oferecidos pelo SUS.

Open Health passou a ser uma denominação paralela, usada por setores da saúde suplementar para referendar a RNDS, causando polêmica e confusão junto aos players do setor. Para o sucesso da RNDS, todos os players da cadeia de saúde passariam a usar prontuários eletrônicos, cujos dados seriam imputados no sistema, mantendo o histórico clínico do paciente atualizado e compartilhado com médicos e profissionais da saúde, que o acessariam com o consentimento do paciente.

“Os médicos precisarão trabalhar com registros eletrônicos evitando a perda do histórico médico de cada paciente e reduzindo desperdícios, a redundância de exames médicos, entre outros grandes problemas da saúde nacional. Com uma rede única e transversal, como a RNDS, esses problemas seriam reduzidos sensivelmente”, explica Guilherme Hummel, coordenador científico da Hospitalar Hub, plataforma digital para realização de negócios, relacionamento e divulgação de conteúdo da área de saúde, ligada à Feira Hospitalar.

Tendência internacional

Na visão de Hummel, o mundo caminha na direção do Open Health. Atualmente, a União Europeia está criando uma plataforma para os mesmos fins. Nos Estados Unidos, os players da cadeia de saúde têm prazo até 2024 para promover a interoperabilidade dos seus dados. Assim, diversas plataformas abertas trabalharão em conjunto (interoperarão), trocando dados de forma ágil e segura.

No Brasil, 15 mil unidades do SUS já estão na RNDS. Faltam ainda outras 27 mil ingressarem no sistema. A ideia é que, quando o paciente for atendido no pronto-socorro, num ambulatório ou numa consulta médica, todos os seus dados serão colocados na rede para armazenamento e compartilhamento com toda a cadeia de saúde. A sistemática permitirá, por exemplo, que um médico acesse o histórico de um paciente de qualquer parte do País. “Se uma pessoa do Sul visitar o Nordeste e passar mal, o médico poderá ter acesso a seu prontuário via rede”, explica Hummel.

Antes mesmo da criação da Open Health, as empresas de seguro saúde darão um passo na direção de um sistema aberto de dados, denominado Open Insurance, em fase de desenvolvimento. Trata-se de uma plataforma que vai permitir que clientes autorizem o compartilhamento de suas informações entre outras seguradoras autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e pelo beneficiário.

No dia 4 de abril,  será realizado o debate “Open Health & RNDS: impacto na Saúde Suplementar”, que terá participação de Jacson Barros, Strategic Business Development Manager da Amazon Web Service (AWS), Claudio Maia, especialista de Open Everything da Awxay, e Luis Gustavo Kiatake, residente SBIS. O debate poderá ser assistido pela Hospitalar Hub de forma gratuita mediante cadastro.

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1 comentário

Thiago Cagnin Rodrigues 7 de abril de 2022 - 09:30

Parece tudo maravilha, mas ninguém comenta do roubo e perda das informações no ataque hacker em dezembro. Onde agora é responsabilidade dos sistemas privados resolver a falta de informação no ministério da saúde.
Sem contar é claro do vazamento de informações ainda não recuperados e com caso abafado. A vontade de criar uma causa jurídica da população e solicitar esclarecimentos ao ministério é grande.
Tudo que é dito é que foi apenas uma alteração de DNS. Porém onde estão os dados do mês de dezembro que é preciso sincronizar novamente.

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