Um dos benefícios mais importantes para os colaboradores é o plano de saúde e ele representa uma fatia importante da folha de pagamento algo em torno de 8% a 15%. Por isso é muito importante que você, gestor de RH e empresário, escolha corretamente qual das opções existentes no mercado atenderá melhor as necessidades do seu público interno. Trata-se de um processo complexo, mas que se for realizado da forma correta pode enxugar e muito os custos de sua empresa e ainda atender a expectativa dos colaboradores.
Primeiramente, é preciso considerar e avaliar as diferenças entre medicina de grupo, com operação médica verticalizada, seguradora, cooperativa e operadoras de saúde. Feito isso, chegou a hora de avaliar a rede credenciada de atendimento e os diferenciais de serviços oferecidos nos produtos.
Também é fundamental mapear as necessidades de seus funcionários – características geográficas de sua empresa, perfil do público interno, perfil epidemiológico e casos crônicos, gestantes, etc. – e adequar o modelo de gestão de acordo com essas particularidades.
Algumas dicas na hora da escolha: buscar uma prestadora que possa verticalizar a gestão do sinistro, que tenha programas de controle em seu aparato de produtos e serviços, ofereça mecanismos de controle de sinistro e qualidade de vida. Além disso, opte por um contrato que possua cláusulas flexíveis de acordo com a performance de utilização dos serviços.
Como “dica de ouro” posso sugerir que, no momento da contratação do benefício saúde, o gestor estipule modelos e gatilhos de controle para a utilização do plano, tais como coparticipação, limitadores de procedimentos, meritocracias e contratos flexíveis. Uma opção muito vantajosa é buscar por produtos regionais/nacionais e, se possível, dividir os contratos entre duas operadoras, a depender do tamanho da empresa e de sua localidade.
Caso a empresa já tenha contratado o serviço de benefício saúde, mas ele não está atendendo seu público interno de forma positiva, o gestor pode solicitar um redesenho do contrato atual, junto à operadora, e negociar novas condições e adequações do produto e abrangência. Também é possível readequar os valores do contrato e, até mesmo, redesenhar modelos de elegibilidade.
Para otimizar ainda mais o serviço, o gestor de RH pode criar programas de conscientização para que o seu público interno tome conhecimento de todas as particularidades de seu benefício saúde. Isso ajuda a minimizar o desperdício e pode apresentar, de forma clara, todos os itens disponíveis, gerando maior satisfação no usuário.
Um dos maiores erros que os gestores cometem ao contratar o plano de saúde para seus colaboradores é, justamente, não realizar um mapeamento adequado para entender quais são as reais necessidades do seu público interno, escolher o plano pelo baixo custo e não pela oferta de um serviço de qualidade. O valor é importante, mas não é o principal quesito a ser avaliado no momento de contratar um plano de saúde.
Os gestores e empresários precisam compreender que o maior ativo de uma empresa, sem nenhuma dúvida, são as pessoas e principalmente suas habilidades e diferenciais que, juntos, podem favorecer a corporação de inúmeras maneiras.
Por fim, gostaria de ressaltar que a realização de uma boa gestão da saúde e um controle assertivo da sinistralidade são essenciais para todas as empresas que buscam um serviço de qualidade, sem comprometer a saúde financeira do seu negócio!
Leandro Almeida, fundador e diretor da DynamicCare Benefícios.