Durante o 41º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo – CIOSP, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) lançou um projeto para internacionalizar a odontologia brasileira. A iniciativa promete não apenas exportar os serviços de cirurgiões-dentistas brasileiros para países como Estados Unidos, China e Reino Unido, mas também abre novas oportunidades para profissionais que querem exercer suas profissões nessas localidades.
Além de facilitar a exportação de serviços odontológicos, a proposta visa o incentivo para que estrangeiros possam realizar tratamentos no Brasil. O projeto deve iniciar uma série de missões internacionais para firmar acordos e identificar os principais obstáculos que serão enfrentados.
Desafios e soluções
De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, existem desafios burocráticos a serem superados para oficializar a atuação desses profissionais fora do país. “Para os cirurgiões-dentistas brasileiros que veem nos Estados Unidos uma oportunidade de exercer sua profissão, a iniciativa é promissora. No entanto, para uma imigração efetiva, é crucial que esses profissionais se enquadrem nas categorias corretas de vistos”, relata.
Segundo o especialista, os vistos de imigração EB-1 e EB-2 são as melhores alternativas para os profissionais da odontologia que buscam estabelecer suas carreiras nos EUA. “Enquanto o EB-1 é destinado a indivíduos com habilidades extraordinárias em suas áreas de atuação, o EB-2 é voltado para profissionais com graus acadêmicos avançados ou conhecimentos excepcionais em determinado setor”, pontua.
Benefícios da iniciativa
Toledo acredita que a internacionalização da odontologia brasileira não apenas promove oportunidades de trabalho global, mas também oferece uma porta de entrada para profissionais que querem imigrar para os Estados Unidos. “Esse acordo pode, justamente, facilitar a obtenção dos vistos para que esses trabalhadores exerçam sua profissão em solo norte-americano”, declara.
Vale lembrar que com o reconhecimento da formação em odontologia no Brasil, o CFO visa atrair dentistas de outras nacionalidades para realizar seus cursos de especialização no país.
Para o especialista em Direito Internacional, o projeto representa uma promissora abertura de fronteiras para os cirurgiões-dentistas brasileiros. “Além de promover o intercâmbio de serviços odontológicos, a iniciativa do CFO funciona como um catalisador para uma nova era de colaboração internacional no campo da odontologia, beneficiando não apenas os profissionais brasileiros, mas todos aqueles que aspiram a uma carreira nos EUA”, finaliza.