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Famílias agora podem contar com 1ª inteligência artificial especializada em autismo

por Redação
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Nesta terça, 2, quando o mundo todo celebra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a startup Tismoo.me lançou o “Genioo”, a primeira inteligência artificial (IA) especializada em autismo e neurodesenvolvimento. Acessando app.tismoo.me/genioo ou no aplicativo Tismoo.me (para iOS e Android), qualquer pessoa pode conversar gratuitamente com o Genioo, no estilo ChatGPT, para tirar suas dúvidas. A iniciativa leva acesso a informação de qualidade sobre autismo e outras neurodivergências a todos — e não só em português, mas em diversos idiomas, incluindo inglês e espanhol.

A inteligência artificial da Tismoo.me foi treinada com informações acuradas e precisas a respeito do transtorno do espectro do autismo (TEA), síndromes relacionadas ao espectro e outras condições do neurodesenvolvimento e neurodivergências, incluindo estudos científicos e publicações da Revista Autismo, além de dados genéticos e estudos do Muotri Lab, da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA), liderado pelo neurocientista brasileiro, Dr. Alysson Muotri, que é um dos sócios cofundadores da Tismoo.me. “A grande inovação do Genioo não é somente o uso cuidadoso e responsável de uma inteligência artificial na área da saúde, o que é uma tendência para os próximos anos, mas poder dar acesso a informações a respeito de TEA para quem hoje não tem o suporte necessário ou uma rede de apoio”, argumentou Muotri, que tem parceria com a NASA para fazer pesquisas sobre autismo na Estação Espacial Internacional, produção científica essa também utilizada para “abastecer” os algoritmos e a IA da Tismoo.me.

Reconhecendo padrões comportamentais 

Para o CEO da startup, Francisco Paiva Jr., “a tecnologia  Genioo vem para democratizar a informação a respeito de autismo para todos com acesso à internet”. Paiva ainda continua: “Além de uma base de conhecimento especializada e científica, o que traz mais segurança às informações da nossa inteligência artificial generativa, isso você não encontra hoje num ChatGPT, por exemplo. Também estamos treinando o Genioo para reconhecer padrões comportamentais como, por exemplo, a ideação suicida durante a conversa, um dos grandes problemas de saúde pública que tem uma prevalência muito maior em autistas que na população em geral – estudos apontam para uma incidência de 8 vezes mais suicídios em  autistas que em pessoas neurotípicas”, revelou Paiva Junior, que também é um dos cofundadores da Tismoo.me.

Para ter acesso à tecnologia Genioo, que está em sua primeira versão beta, basta baixar o app Tismoo.me na loja de aplicativos da Apple (para iPhone) ou do Google (para Android) ou via web, acessando app.tismoo.me para bater papo com o robô especialista — vale destacar que é preciso cadastrar-se na plataforma para criar um usuário e ter acesso completo à inteligência artificial.

“Um caso bem interessante na fase de testes da nossa IA, foram autistas adultos que usaram o Genioo para reescrever o que eles queriam responder para e-mails e mensagens de whatsapp no trabalho, pois sempre recebem críticas por responderem de forma que soa rude ou mal-educada, por serem diretos demais e, muitas vezes, com excesso de sinceridade. Achei esse uso muito criativo e mostra o quão ilimitadas podem ser as possibilidades de crescimento da tecnologia Genioo”, contou Francisco Paiva Jr.

1º GSP para autismo

Além da inteligência artificial conversacional lançada, a health tech Tismoo.me — uma startup de saúde e tecnologia, criada em 2017 — tem o primeiro serviço de Gestão de Saúde Populacional (GSP) para autistas da América Latina, um serviço que faz o monitoramento da saúde de autistas e outras neurodivergências, com acolhimento, predição e prevenção de doenças comuns, assim como o uso mais inteligente do sistema de saúde, seja público, privado ou suplementar, com redução de custos e mais qualidade de vida para autistas e suas famílias. Para isso, a startup se utiliza de atendimento remoto humanizado somado a tecnologias como IA (já usando o Genioo internamente há mais de um ano), deep learning e análise de dados. O serviço, chamado “Saúde no Espectro”, é comercializado somente para empresas, clínicas e operadoras de saúde por enquanto, mas a startup tem planos de ter uma versão para venda direta ao consumidor no ano que vem.

Nas próximas versões do aplicativo, segundo Francisco Paiva Jr., haverá uma versão desse serviço de saúde em formato digital (o “GSDigi”) para dar sugestões e orientações personalizadas a autistas e suas famílias, sempre buscando promover mais saúde, qualidade de vida e bem-estar a todo o espectro do autismo, síndromes relacionadas e outras condições do neurodesenvolvimento.

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