Entre janeiro a junho de 2021, as importações de Dispositivos Médicos totalizaram o valor de US$ 3,4 bilhões, com um crescimento de 1,3% em relação ao mesmo período de 2020. Já as exportações somaram US$ 374 milhões no semestre, um crescimento de 10,6%. Os dados são do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS).
“Os segmentos de materiais e equipamentos para a saúde, próteses e implantes e reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro foram os mais afetados pelos cancelamentos de procedimentos e cirurgias eletivas, com redução de demanda até março. Agora, com mais de 65% da população já vacinada com pelo menos uma dose, os diversos setores da saúde mostram sinais de recuperação, porém ainda muito lentos”, analisa o diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
A balança comercial no período ficou negativa em US$ 3 bilhões, mostrando que a pandemia da Covid-19 foi responsável pelo aumento de 0,3% no déficit da balança comercial do setor, na comparação a igual período do ano passado. Em doze meses o recuo foi de 0,7%.
Os segmentos com maior alta percentual de importações foram Materiais e aparelhos para odontologia (95,7%), Oftalmologia (58,2%) e Materiais e Suprimentos (54,1%). Já nas exportações os destaques foram Oftalmologia (110,7%), Cardiovascular (96,9%) e Equipamentos para laboratórios (71,1%). “A pressão cambial pode tornar o produto nacional mais competitivo, num primeiro momento, mas traz problemas por gerar mais inflação na economia, de forma geral, além de tornar os insumos da saúde, a maioria importados, mais caros”, contextualiza Cerqueira Gomes.
Os Estados Unidos são os principais fornecedores de DMs para o Brasil, com 18% do total, seguido por Alemanha (13%) e China (13%). Também é dos Estados Unidos o lugar mais alto do ranking de exportações. Nos seis primeiros meses do ano, o país comprou US$ 66,7 milhões em produtos brasileiros, 18% do total. Em segundo lugar ficou a Argentina, com 8% desse mercado e US$ 31,7 milhões em valor. Colômbia, Suíça e Bélgica completam a lista, com 7% cada.
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