De acordo com o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, os casos de dengue cresceram 224% em 2019, no Brasil. Nas primeiras 11 semanas deste ano (até 16 de março), foram registrados 229.064. No mesmo período de 2018 foram registrados 62,9 mil casos de dengue. O número de mortes ocasionados pela doença também teve um aumento de 67%, passando de 37, em 2018, para 62, em 2019. O estado de São Paulo registrou o maior número de mortes pela doença no país, totalizando 31 óbitos.
Para ajudar no combate à dengue, principalmente nas regiões brasileiras de maior incidência do mosquito, a BR3, startup da Incubadora USP/IPEN-Cietec, disponibiliza o DengueTech, produto biológico que elimina larvas do Aedes aegypti. Desenvolvido por pesquisadores e cientistas ligados à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a BR3, o DengueTech combate às larvas do mosquito usando a bactéria Bacillus thuringiensis israelensis, conhecida como Bti.
Rodrigo Perez, diretor da BR3, explica que o Bti é a forma mais segura e sustentável de controlar o Aedes. “Esta bactéria evita que o mosquito crie resistência aos inseticidas, além de não afetar outros insetos benéficos ao meio ambiente”, afirma Perez. Além disso, o DengueTech transforma os criadouros do mosquito que não podem ser eliminados, como as bandejas de geladeira frost free e de ar-condicionado, ralos e vasos sanitários com pouco uso, em uma armadilha contra o Aedes. Eliminar os criadouros do Aedes é a forma que está sendo mais eficiente para combater o Aedes.
Como funciona
O DengueTech é um tablete e funciona de forma simples: basta colocá-lo em locais onde a água para, ou onde ela possa se acumular, a cada 60 dias. Na água, ele libera microrganismos e proteínas, dessa forma, quando os ovos do mosquito eclodirem, as larvas vão ingerir o DengueTech e morrerão.
Diferente de outras soluções disponíveis no mercado, o DengueTech não oferece qualquer tipo de risco para humanos. Sua formulação em tabletes é inodora, não irritante e não sensibilizante. Além disso, o produto pode ser usado, inclusive em ambientes com alta circulação de crianças, como áreas de piscina e parquinhos.
Cases de sucesso
Paulo Rubano, síndico do Porta do Sol, é uma das pessoas que aderiram e aprovaram o Dengue Tech. “Durante essa época de chuvas, nossas ações aumentam, pois queremos garantir a segurança dos nossos moradores. Para evitar a dengue, nós já tínhamos abolido os pratinhos de planta das áreas comuns, mas não sabíamos como tratar a água acumulada em ralos pouco usados, e no mobiliário da piscina. O DengueTech foi a solução certa, sustentável, e, principalmente, segura para nossas crianças”, conta Rubano.
Já Daniella Vilela, bióloga na Universidade de São Paulo (USP), conta que utiliza o DengueTech, desde 2015, no Campus da Capital da Universidade de São Paulo (USP). “Os resultados obtidos ao longo dos últimos anos com o uso do DengueTech foram excelentes e agregaram maior eficiência e simplicidade ao controle do mosquito Aedes aegypti, no Campus”, explica Daniella.
De acordo com Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec, o papel da entidade não é apenas consolidar negócios voltados ao meio ambiente, mas gerar soluções impactantes para a sociedade. “O DengueTech é um dos produtos mais relevantes que já saíram do Cietec”, afirma Risola.
“Nossa solução é acessível, pois cabe no bolso da grande maioria da população, e é de fácil uso, possibilitando que a população colabore mais efetivamente no controle casa-a-casa do Aedes, de forma sustentável”, finaliza Perez.
Sobre a BR3
A BR3 é uma empresa brasileira, fundada em 2001. Em cooperação com a FIOCRUZ desenvolveu o DengueTech, um produto inovador, à base de BTI, que elimina as larvas do Aedes. No portfólio da empresa outro destaque é o Fegatex, um fungicida de ação também bactericida e esporicida, aprovado pelo Ministério da Agricultura em 16 culturas para o controle de 29 doenças agrícolas. A BR3 inova e promove saúde e bem-estar às famílias, em segurança e sem prejudicar o meio ambiente.
1 comentário
A dengue e um problema ainda muito serio e precisamos tomar cuidado. Obrigado por compartilhar estas informações com os leitores. Desejando sucesso, Andressa