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A união das clínicas de vacinação e do SUS na defesa da saúde

por Dra. Rosane Orth Argenta
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Após mais de 10 anos de atuação no mercado de vacinas como CEO da Saúde Livre Vacinas que é hoje a maior rede de clínicas de vacinação do país, tive a honra de ser eleita conselheira da ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas). A ABCVAC desempenha um papel fundamental na promoção da imunização no Brasil, ajudando a conscientizar a população sobre a importância do tema e apoiando o desenvolvimento das clínicas de vacinação, que vêm ganhando um papel crescente na promoção da saúde dentro do país.

Ao longo da minha trajetória empreendedora, venho tendo o privilégio de testemunhar diariamente o impacto positivo que as vacinas têm na prevenção de doenças. Acredito que, agora mais do que nunca, é essencial discutir a importância dos imunizantes e como eles desempenham um papel vital em nossa saúde e na sociedade como um todo.

A parceria entre clínicas particulares e o Sistema Único de Saúde (SUS) na administração de vacinas tem demonstrado resultados notáveis na consolidação da luta contra doenças infecciosas. De acordo com dados do DataSus, em 2022, a taxa de cobertura vacinal atingiu 67,94%, o que significa que, de uma população de 214 milhões de habitantes, 150 milhões receberam doses. Nesse contexto, a ABCVAC estima que aproximadamente 8 milhões teriam se imunizado por meio da rede privada de saúde.

Seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, o SUS oferece uma ampla gama de vacinas, cobrindo mais de 20 doenças, incluindo sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite, difteria, tétano, hepatite B, rotavírus, meningites, pneumonias e febre amarela. A rede privada, por sua vez, desempenha um papel complementar nesse cenário, inclusive em relação a vacinas que ainda não fazem parte dos programas de imunização do sistema público de saúde ou que estão restritas a determinados públicos via rede pública.

Nossa capacidade de complementar a vacinação pública é essencial, atingindo parte da população que não está dentro dos grupos prioritários do SUS. Além disso, a rede privada oferece imunizantes que não são disponibilizados pelo Estado, como a Pneumo 13 e a recém lançada Pneumo 15  (que protege contra a bactéria Streptococcus pneumoniae, causadora de Meningite, Sepse, Bacteremia, Pneumonia e Otite média), a Gardasil 9 (nonavalente contra HPV, Câncer de colo de útero, Câncer anal e Câncer de pênis), a Meningo ACWY (que protege contra meningites dos tipos A, C, W e Y) e a Meningo B (que protege contra a meningite do tipo B).

Adicionalmente, a rede privada frequentemente tem acesso mais rápido a inovações na área de vacinação, como vimos recentemente com o lançamento da vacina contra o Herpes Zoster e a nova vacina contra a Dengue. Essas opções são importantes para garantir a prevenção de doenças em constante evolução.

Contudo, o maior desafio que enfrentamos atualmente é o combate à desinformação. Mesmo assim, após a experiência da pandemia da Covid-19, observamos que as pessoas estão cada vez mais ávidas por informações. A maioria reconhece que a vacinação vai além de uma escolha individual, sendo uma questão de saúde pública essencial para proteger a população como um todo. A educação e o acesso à informação são cruciais para promover uma cultura de imunização consciente e responsável.

Dra. Rosane Orth Argenta, Conselheira da ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacina) e CEO da Saúde Live Vacinas.

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