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Presença feminina na saúde suplementar se mantém em alta

por Redação
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Desde a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em janeiro de 2000, o número de mulheres titulares de planos de saúde no Brasil é superior ao número de homens. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 passado, a ANS divulga dados que destacam essa tendência: em dezembro de 2000, cerca de 54% dos beneficiários eram mulheres e, 19 anos depois, em janeiro/2019, o percentual se mantém, com 53,3% dos beneficiários do sexo feminino. Ou seja, dos 47,36 milhões de usuários de planos de assistência médica registrados no período, mais de 25,24 milhões são mulheres.

Confira, ao final do texto, tabela com o histórico do número de beneficiários em planos de assistência médica, separados por sexo.

Dentro da própria ANS também é grande a presença feminina: elas representam 52,1% dos quase 1,4 mil colaboradores e ocupam postos de liderança, inclusive na diretoria. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação feminina no mercado de trabalho vem aumentando nos últimos anos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012-2017 mostrou que em 2017, de 91,5 milhões de pessoas ocupadas, 43,4% eram mulheres. Em 2012, eram 42,3% de mulheres ocupadas, num contingente de 89,7 milhões de trabalhadores.

Assistência em saúde

A cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde contempla diversos procedimentos relacionados à melhoria e à manutenção da saúde da mulher. Em 2018, quatro cirurgias laparoscópicas foram incorporadas, ampliando os cuidados para este público na saúde suplementar: debulking (câncer de ovário), restauração do suporte pélvico, desobstrução e restauração da permeabilidade das tubas uterinas.

Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos usuários de planos de saúde, a ANS estimula as operadoras a integrarem programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças (Promoprev) à coordenação do cuidado dos beneficiários. Atualmente há mais de 1,8 mil programas em todo o país informados à ANS, sendo que 15,5% deles, ou seja, 281 programas têm foco exclusivamente na saúde da mulher. Entre os temas abordados estão: saúde mental e bucal; planejamento familiar; incentivo ao parto normal; pré-natal, parto e puerpério; climatério; osteoporose; prevenção de câncer de mama e cuidados paliativos, entre outros.

Outra ação voltada para a mulher é o Projeto Parto Adequado, criado pela ANS em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), que tem como objetivo estimular o parto normal em estabelecimentos de saúde no Brasil. O projeto está na fase 2 e conta com participação de 113 hospitais (sendo 26 públicos e 87 privados), além do apoio de operadoras de planos de saúde em âmbito nacional. Na primeira fase do projeto, criado em 2015, 10 mil cesarianas desnecessárias foram evitadas. Mas ainda é alto o número de cesarianas feitas no país. Dados da ANS apontam que, em 2015, a taxa de partos cesáreos chegava a 84,6% na saúde suplementar. Em 2017, a taxa caiu para 83%. O objetivo da ANS é que a taxa de partos normais chegue a 40% entre os participantes do projeto Parto Adequado, e que esses resultados positivos estimulem uma mudança em grande escala no sistema de saúde do país, reduzindo as ocorrências de cirurgias desnecessárias e melhorando a saúde de mães e bebês. Já é comprovado cientificamente que o trabalho de parto é bom para a saúde dos bebês, uma vez que têm menos chances de desenvolverem doenças como asmas, diabetes, alergias e obesidade.

Os cuidados das mulheres com a saúde podem ser verificados através da pesquisa Vigitel Saúde Suplementar. Segundo dados da edição mais recente (2017), elas apresentam melhores percentuais do que os homens em indicadores como tabagismo, excesso de peso e obesidade, por exemplo. No conjunto das 27 cidades brasileiras pesquisadas, a frequência de excesso de peso foi de 53,7%, sendo maior entre os homens (61,6%) do que entre as mulheres (47,6%). Em relação ao tabagismo, a frequência de adultos fumantes foi de 7,9%, sendo maior no sexo masculino (10%) do que no feminino (6,3%). A frequência do consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana foi de 13,6%, também sendo mais alta entre os homens (16,6%) do que entre as mulheres (11,2%), enquanto a frequência de consumo recomendado de frutas e hortaliças foi de 29,4%, sendo menor em homens (23,2%) do que em mulheres (34,3%).

A Vigitel Saúde Suplementar é uma parceria entre o Ministério da Saúde e a ANS e tem como objetivo monitorar por telefone a frequência e distribuição dos principais determinantes das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Na edição mais recente divulgada, foram realizadas 53.034 entrevistas por telefone, sendo que 63,2% delas foram respondidas por mulheres. Acesse aqui a pesquisa.

Tabela 1 – Número de beneficiários em planos de assistência médica por tipo de contratação, de acordo com o sexo

Competência Masculino Feminino Total
jan/19  22.128.880  25.238.321 47.367.201
dez/18 22.109.665 25.230.402 47.340.067
dez/17 21.987.424 25.207.030 47.194.454
dez/16 22.130.266 25.487.043 47.617.309
dez/15 22.970.760 26.239.567 49.210.327
dez/14 23.676.826 26.764.590 50.441.416
dez/13 23.317.028 26.174.798 49.491.826
dez/12 22.576.592 25.269.500 47.846.092
dez/11 21.704.626 24.321.188 46.025.814
dez/10 21.127.509 23.809.841 44.937.350
dez/09 19.928.743 22.632.655 42.561.398
dez/08 19.441.452 22.026.567 41.468.019
dez/07 18.302.853 21.013.460 39.316.313
dez/06 17.214.248 20.034.140 37.248.388
dez/05 16.344.111 19.097.238 35.441.349
dez/04 15.588.047 18.252.669 33.840.716
dez/03 14.739.609 17.335.058 32.074.667
dez/02 14.492.415 17.020.894 31.513.309
dez/01 14.404.852 17.015.154 31.420.006
dez/00 14.218.690 16.747.832 30.966.522

Fonte: ANS – Tabnet – 08/03/2019


Tabela 2 – Beneficiários por tipo de contratação – janeiro/2019

Tipo de contratação Masculino Feminino Total
TOTAL 22.128.880 25.238.321 47.367.201
Individual ou Familiar 3.647.051 5.432.727 9.079.778
Coletivo Empresarial 15.652.505 16.100.047 31.752.552
Coletivo por adesão 2.775.152 3.637.991 6.413.143
Coletivo não identificado 542 703 1245
Não Informado 53.630 66.853 120.483

Fonte: ANS – Tabnet – 08/03/2019

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