O Ministério da Saúde lançou o Sistema de Mapeamento em Educação na Saúde (SIMAPES). A ferramenta é inédita e vai permitir a coleta, análise e disponibilização de informações sobre educação em saúde no Brasil. A partir de cinco bancos de dados será possível adotar melhores práticas educacionais, atingindo parâmetros internacionais de qualidade.
“O Brasil começa a dar novos passos na reorganização da formação em Saúde no país e todo mundo sai ganhando: a população, que terá assegurado pelo Governo Federal, mais qualidade da saúde; os profissionais, que poderão obter a garantia de uma formação mais adequada; e o Governo Federal, que terá mais um instrumento para estabelecer políticas públicas de educação em saúde”, ressaltou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
O sistema será interligado a cinco banco de dados: E-MEC (Sistema eletrônico de acompanhamento dos processos que regulam a educação superior no país), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino-Saúde (COAPES) e o E-SUS Atenção Básica. Esses sistemas irão ajudar a identificar as demandas e necessidades de cada região, além de ser possível observar se o local ou o serviço de saúde possui estrutura necessária para ampliar ou criar cursos na área da saúde, como condições essenciais para aulas práticas, por exemplo.
Com a nova ferramenta é possível investigar a relação entre a oferta de cursos de graduação, técnicos e a estrutura de serviços da saúde, especialmente quanto à oferta de campo de prática e de qualidade; averiguar as necessidades de formação e qualificação dos gestores e profissionais no âmbito do SUS; prover o Ministério da Saúde de informações para a tomada de decisões no âmbito da educação em Saúde.
O SIMAPES também vai permitir divulgar informações sobre a capacidade instalada do SUS em relação à formação de profissionais, de forma a possibilitar parâmetros de melhores práticas educacionais; subsidiar a edição de normas gerais e permanente acerca do mapeamento, monitoramento e avaliação de dados de educação em Saúde; e aprimorar políticas públicas de educação na área.
O projeto tem como referência o Relatório Flexner – publicado em 1910, pelo educador estadunidense Abraham Flexner –, que avaliou diversas universidades, levando a uma reforma da educação médica nos Estados Unidos e Canadá e mudando a formação dos médicos norte-americanos. O então relatório ficou marcado na história por mostrar a importância do controle de qualidade nessa área.