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Meditech australiana cria técnica revolucionária de diagnóstico de apneia

por Redação
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Método não evasivo anunciado pela Optalert, quebra paradigma ao ser o primeiro modelo a ser testado em detecção da Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono que não necessita de exames físicos em clínicas especializadas. O diagnóstico é realizado por nova tecnologia que analisa os movimentos oculares e poderá ser feito em casa ou até mesmo durante a condução de um veículo.

Uma descoberta que pode impactar quase 1 bilhão de pessoas no planeta. Esse é o número estimado por um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em conjunto com a United Nations World Population Prospects, que identificou que 936 milhões de indivíduos sofrem, com algum grau, da chamada Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono. A pesquisa, que compilou dados de 16 países, traz a China como o país com mais incidência e o Brasil como o terceiro no ranking. E o mais preocupante é que a imensa maioria não sabe que tem apneia, pois o diagnóstico é complexo de ser realizado.

Mas essa realidade está prestes a ser transformada graças à descoberta de uma Biotech australiana, com sede em Melbourne. Trata-se da Optalert, líder global em identificação de fadiga e criadora da mais respeitada escala do sono, usada por instituições como Harvard e pela NASA – agência espacial americana. Até agora a única maneira de detectar a apneia era por meio da polissonografia, realizada com sensores colocados sobre a pele durante uma noite inteira de sono, com auxílio de esparadrapos antialérgicos e um clipe no dedo. O estudo é sempre feito em uma clínica especializada.

A Optalert desenvolveu uma solução que promete substituir esse modelo, por meio de uma tecnologia passiva e não invasiva, que requer apenas um sensor equivalente que detecta os reflexos das pálpebras tendo um processador integrado que digitaliza os reflexos a 500 vezes por segundo. A técnica utiliza-se da blefarometria de reflectância infravermelha (o estudo do movimento das pálpebras), para quantificar objetivamente o grau de fadiga. A luz infravermelha, invisível ao usuário, é emitida na pálpebra superior e o algoritmo exclusivo do sistema efetua a medição.

De acordo com Sidnei Canhedo, gestor da Optalert, responsável pelos mercados da América do Sul e África, a descoberta é uma quebra de paradigma significativa, que deverá estimular milhões de indivíduos a fazerem o teste de diagnóstico. “Abrirá oportunidades acessíveis para que pessoas possam buscar tratamento precoce e melhorar a qualidade de vida, além de evitar riscos de acidentes no trabalho ou na direção de veículos”, ressalta Canhedo, que explica que em um futuro próximo as pessoas poderão fazer a triagem em qualquer lugar: em casa, no trabalho ou até mesmo no carro enquanto ela estiver dirigindo.

Atualmente no Brasil, as tecnologias da Optalert são aplicadas na mineração, em empresas como a Vale e a Usiminas, utilizadas por motoristas que conduzem veículos fora de estrada, operando rotinas diárias consideradas complexas e de alto risco.

Mercado promissor

De acordo com estudos da Optalert o mercado para o diagnóstico de apneia é estimado em US$ 113 bilhões entre Europa e Estados Unidos. A Meditech também tem realizado estudos que apontam que sua tecnologia tem potencial de diagnosticar precocemente doenças como Alzheimer, Parkinson e outras condições neurodegenerativas. A detecção dessas enfermidades muito antes dos sintomas visíveis acrescentará anos ou até mesmo décadas de bem-estar neurológico a milhões de pessoas no futuro. “Queremos dar ao maior número de pessoas possível, o acesso a um conjunto abrangente de testes de saúde de baixo custo, frequentes e não invasivos — com resultado em um piscar de olhos”, ressalta Canhedo.

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