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Câncer de mama na mira da medicina nuclear

por Cristina Matushita
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Embora a mamografia seja o principal método de rastreamento para o câncer de mama, especialmente em mulheres assintomáticas, a medicina nuclear é cada vez mais relevante para examinar essa patologia. 

E essa importância da medicina nuclear no enfrentamento ao câncer de mama se dá desde a detecção até o monitoramento da enfermidade. Diversas técnicas são usadas em casos específicos, como parte do estadiamento ou na identificação de metástases, quando há suspeita de disseminação do câncer de mama. 

A seguir, apresento algumas delas: 

  1. Cintilografia óssea: Em alguns casos, o câncer de mama pode se espalhar (metastatizar) para os ossos. A cintilografia óssea é um exame que envolve a injeção de um traçador radioativo na corrente sanguínea. Esse traçador é absorvido pelos ossos, permitindo a detecção de áreas de aumento de atividade metabólica e a presença de metástases ósseas;
  2. Pesquisa de linfonodo sentinela (SN):  Esta técnica da medicina nuclear ajuda a determinar a presença do linfonodo sentinela em pacientes com câncer de mama – este é o linfonodo para o qual as células cancerosas da mama têm mais probabilidade de se espalhar primeiro. A pesquisa de linfonodo sentinela envolve a injeção de um traçador radioativo no local do tumor, seguido da identificação e remoção do linfonodo sentinela para análise patológica;
  3. PET/CT: A tomografia por emissão de pósitrons (PET) combinada com tomografia computadorizada (CT) é uma técnica que utiliza traçadores radioativos para avaliar a atividade metabólica das células no corpo. O PET/CT é uma ferramenta útil no diagnóstico, estadiamento e monitoramento do câncer de mama em situações específicas. Detalho esses usos a seguir:

Estadiamento do câncer

O PET/CT é frequentemente utilizado para determinar o estágio do câncer de mama, especialmente para avaliar a extensão da doença e a presença de metástases em outros órgãos. Isso é particularmente relevante para determinar se o câncer se espalhou para órgãos distantes, como pulmões, fígado, ossos ou cérebro; 

Avaliação da resposta ao tratamento

O PET/CT monitora a resposta ao tratamento em pacientes com câncer de mama metastático ou localmente avançado. O exame auxilia os médicos a avaliar o quanto o tumor está respondendo à terapia, orientando decisões sobre tratamento subsequentes; 

Determinação da extensão do envolvimento ganglionar

O PET/CT identifica gânglios linfáticos afetados em pacientes com câncer de mama, o que é importante para determinar a extensão da disseminação do câncer. Os gânglios linfáticos positivos podem afetar as opções de tratamento e prognóstico; 

Identificação de recorrências

O PET/CT detecta recorrências do câncer de mama após o tratamento inicial. Isso é importante para avaliar se o câncer voltou e, se sim, onde ele se encontra no corpo; 

Avaliação de massas ou anormalidades suspeitas

Em alguns casos, o PET/CT avalia massas ou anormalidades suspeitas na mama ou na área circundante. Isso pode ser especialmente útil em situações em que outros exames de imagem, como a mamografia, são inconclusivos. 

A escolha do exame ou técnica a ser usada depende da situação clínica da paciente e das recomendações do médico, que levarão em consideração fatores como a idade da paciente, histórico médico e características da lesão mamária. 

Cristina Matushita, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).

 

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