A revolução da Medicina 5.0 vai demandar soluções avançadas de conectividade

O mundo foi acometido pela maior crise sanitária que se tem registro nos últimos cem anos, pegando de surpresa toda a sociedade, ceifando vidas humanas, desorganizando as economias mundiais e gerando um reflexo impactante na atuação das empresas.  Vale destacar que para atender os novos desafios trazidos pela pandemia, a medicina, setor prioritário para seu combate, precisou reinventar-se a toque de caixa.  Para tanto, novos recursos foram alocados em tempo recorde que permitiram trazer a tecnologia como aliada e garantir o processo contínuo de transformação digital.

Nesse cenário de estresse total, os sistemas e programas operando em rede, sem falhas ou interrupções e com conectividade otimizada se tornaram ainda mais necessários e vitais para garantir que as empresas do setor, como hospitais e redes de clínicas, pudessem operar com segurança e dinamizar os atendimentos.

Apesar desta necessidade, a consultoria Gartner alerta que apenas 52% desses locais contam com um planejamento digital e estratégias efetivas para o uso da tecnologia no dia a dia. A consultoria também ressalta que, mesmo com os avanços, ainda faltam recursos para a digitalização dessas instituições de saúde. Sem dúvidas, a pandemia conseguiu acelerar o processo de investimentos no setor, em virtude do crescimento da Telemedicina, triagem eletrônica, monitoramento à distância e terapias online – atividades que, de acordo também com a McKinsey, podem ser suportadas por soluções de tecnologia.

Acredito que o primeiro passo rumo à digitalização será a implementação de uma infraestrutura de conectividade bem planejada, com novas tecnologias que possam otimizar o desempenho das redes e proporcionar a interação do paciente ao seu tratamento, consulta e médico, seguindo o propósito da Saúde 5.0, em que o paciente é o protagonista e está no centro do sistema.

Neste cenário, soluções de conectividade robustas, como o recém-lançado Wi-Fi6 de nível corporativo e a incorporação dos sistemas de gestão em nuvem cujas informações dos prontuários eletrônicos podem ser acessadas de qualquer lugar, passam a ter uma relevância enorme. Além disso, a utilização de recursos de Big Data que capturam e analisam grandes volumes de dados para agilizar o processo de diagnósticos, ajudam a antever complicações para a definição de tratamentos mais assertivos, proporcionado assim mais qualidade de vida aos pacientes.

Num futuro próximo, a chegada da rede de telecomunicações 5G será também essencial para diminuir a lacuna da digitalização, bem como viabilizar projetos mais sofisticados de Internet das Coisas (IoT), pois sua alta velocidade e baixa latência permitirá a integração entre objetos do cotidiano à internet,  desde smartwatches que monitoram funções vitais  até cirurgias à distância, elevando a  medicina digital a um novo patamar de excelência e segurança e dessa forma beneficiando todo o ecossistema da saúde 5.0.

A medicina já vinha passando por um processo de automatização e modernização de dispositivos e recursos impulsionada por tecnologias emergentes, ou seja, o conceito de saúde conectada 4.0 já evoluiu para a versão 5.0, a saúde humanizada, configurando a próxima revolução no setor, que só será possível, com a adoção de soluções de conectividade que garantam o relacionamento seguro, de qualidade e ágil entre os pacientes e demais players que atuam na saúde.

Marco Wasser, gerente de vendas Enterprise do Grupo Binário.

Related posts

Movimento em prol de saúde mais inclusiva tem apoio da ANS

Minsait desenvolve sistema que agiliza doação e transplante de órgãos, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás

Devices: a integração do mundo digital e físico no atendimento ao paciente