Utilizada no mundo desde os anos 1950, a prática médica à distância teve origem em Israel e atualmente é amplamente difundida nos Estados Unidos, Canadá e Europa. Desembarcando no Brasil nos anos 1990 junto com a expansão da internet, embora pouco difundida, a prática pode cumprir papel fundamental na orientação médica, ao fornecer informações ao paciente sem que ele necessite passar horas no Pronto Atendimento para uma situação que poderia ser solucionada via videoconferência.
No contexto brasileiro, a Omint é das primeiras operadoras de saúde a atuar com telemedicina no Brasil e, com isso, adquiriu expertise para desenvolver o Dr. Omint Digital. Trata-se de uma plataforma que coloca à disposição do cliente, em tempo real, um médico que possa auxiliá-lo em situações cotidianas, como informações sobre medicamentos, cuidados pré ou pós exames ou diagnósticos, alimentação, entre outros.
“Entre todos os Pronto Atendimentos realizados na rede credenciada da Omint nos últimos seis meses, detectamos que 30% deles poderiam ser classificados como sendo de baixa complexidade”, declara o diretor Médico Técnico da Omint, Dr. Marcos Loreto. “Os clientes que realizaram esses atendimentos, por exemplo, poderiam perfeitamente ser direcionados para nosso serviço de orientação por videoconferência com grandes possibilidades de solução da queixa”, completa o especialista.
Segundo Dr. Loreto, além de evitar que o paciente aguarde horas de espera para ser atendido, atenua o contrato prolongado com o ambiente hospitalar. “Em muitos cenários de baixa complexidade, o hospital expõe paciente e acompanhante a agentes infecciosos, sem contar o ambiente de estresse característico dessas situações. Por isso acreditamos que a disseminação da orientação remota seja tão importante para as duas partes: paciente e médico”, completa.
A tendência da orientação médica por videoconferência, segundo Dr. Loreto, também pode colaborar para democratizar o acesso a atendimentos de baixa complexidade e estimular atitudes preventivas. “Na cidade de São Paulo, os moradores têm acesso, em média, a quatro médicos para cada mil habitantes. Já a população do Nordeste tem acesso à metade desse número. Em alguns Estados do Norte, esse número cai até para menos de um médico por mil habitantes”, comenta o especialista. “Há várias situações em que a simples orientação clínica feita por um profissional da saúde pode evitar quadros complicados. Por isso temos todo o interesse em estimular as discussões desse canal que, embora não substitua a consulta médica presencial e tampouco presta atendimento emergencial, pode cumprir papel fundamental para estimular as discussões sobre a medicina preventiva”, completa.