Na terça-feira, 29, à noite, a equipe do hospital MedStar podia ler – mas não atualizar – milhares de registros de pacientes em sua base de dados central, embora outros sistemas estivessem escuros, disse uma porta-voz da organização, segundo divulgou o Wall Street Journal.
Funcionários MedStar recusaram-se a caracterizar o ataque como “ransomware”, um vírus usado para sequestrar sistemas até as vítimas pagarem por uma chave para recuperar o acesso. No entanto, alguns colaboradores relataram ter visto uma mensagem pop-up na tela do computador que pedia o pagamento em bitcoins.
Uma fonte que no MedStar Southern Maryland Hospital Center enviou ao jornal uma imagem da nota de resgate, que exigiu 45 bitcoins – o equivalente a cerca de US$ 19 mil – em troca da chave digital que iria liberar o dados. “Você só tem 10 dias para nos enviar o Bitcoin”, dizia a nota, “após 10 dias vamos remover sua chave privada e é impossível recuperar os arquivos.”
O ciberataque, que está sendo investigado pelo FBI, forçou 10 hospitais e mais de 250 centros ambulatoriais de MedStar a desligar seus computadores e e-mail na segunda-feira. O sistema de cuidados de saúde emprega mais de 30 mil pessoas e trata de centenas de milhares de pacientes na região de Washington.
Um porta-voz do FBI não quis comentar sobre a investigação, que vêm apenas semanas depois de ciberataques em pelo menos três instituições médicas na Califórnia e Kentucky. Em um caso no mês passado, um hospital de Los Angeles pagos hackers US$ 17 mil em bitcoins para libertar o seu sistema.