quinta-feira, novembro 21, 2024
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Gastos com tratamentos de reprodução humana crescem 89% no 1º trimestre

por Redação
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Nos últimos anos, os tratamentos de reprodução humana como o congelamento de óvulos e a fertilização in vitro cresceram mais de 50% e a tendência continua sendo de alta. Em relatório divulgado pelo Itaú Unibanco denominado “Análise de Comportamento de Consumo” levando em conta o primeiro trimestre deste ano foi constatado que houve um aumento de 89% em gastos relacionados a congelamento de óvulos e fertilizações in vitro.

O levantamento mostra em números quantitativos que o estado de São Paulo é onde existe a maior procura por tratamento e a idade das mulheres que buscam os procedimentos está entre 28 e 42 anos, representando 75% do total das transações geradas a esse fim.

Matheus Roque, mestre em medicina reprodutiva e diretor científico da Mater Prime e do Mater Lab, em São Paulo, afirma que esses dados representam que as mulheres estão tendo cada vez mais informações sobre os procedimentos e visando garantir o seu direito de escolha em relação à maternidade. “O acesso a informações sobre procedimentos de reprodução humana estão crescendo com o passar dos anos, isso contribui com que cada vez mais mulheres busquem o tratamento para adiar a maternidade por inúmeros motivos, mas sendo o principal deles a carreira”, afirma.

Por ser um tratamento caro, apesar da alta nos gastos, o procedimento ainda não alcança grande parte da população. “Atualmente no Brasil são realizados aproximadamente 40 mil ciclos de fertilização in vitro no ano. Somos um dos países que têm a menor proporção de tratamento em relação à população. Então existe uma demanda reprimida muito grande e um dos pontos importantes é o fator financeiro”, afirma o diretor científico do Mater Lab.

Tratamentos

“O congelamento de óvulos permite que as mulheres não se preocupem com o relógio biológico, já que a reserva ovariana cai com o passar dos anos chegando ao seu ‘limite’ aos 35 anos. Com isso, caso a mulher consiga fazer a coleta até essa idade, as chances de sucesso de uma gestação futura são maiores do que ao tentar engravidar após os 35 anos sem o congelamento”, explica Roque.

Já a fertilização in vitro, é um procedimento no qual o óvulo é fertilizado com o espermatozóide em laboratório e em seguida implantado no útero. “Essa técnica possui diferentes etapas como a estimulação ovariana para o amadurecimento de diversos óvulos, a segunda que é a coleta desses óvulos, a terceira etapa que é a fertilização do óvulo com o espermatozóide, a quarta etapa que será a manutenção destes óvulos que foram fertilizados em meios de cultivo nas incubadores do laboratório e a última etapa que é a transferência embrionária”, explica o diretor científico do Mater Lab.

Ambas contribuem para que mulheres em tratamentos de câncer, que possuem problemas de fertilidade ou que queiram postergar uma gestação, consigam realizar o sonho da maternidade.

Roque também é idealizador de um projeto em que empresas podem realizar um convênio com a clínica em que é diretor científico para oferecer congelamento de óvulos como benefícios para as colaboradoras. “Possibilitar a preservação da fertilidade não é apenas um benefício, é uma forma de ajudar a construir um sonho e incentivar ainda mais os funcionários a buscarem uma estabilidade financeira e também a focarem em suas carreiras”, finaliza.

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