segunda-feira, junho 30, 2025
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Estudo revela que crescimento potencial eleva em 16% valor de aquisições na saúde

por Redação
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Levantamentos recentes indicam que o setor de saúde ocupa posição de destaque no mercado brasileiro de fusões e aquisições (M&A). Entre 2003 e 2023, foram registradas 817 transações no segmento, segundo dados da KPMG. O volume posiciona a saúde entre os dez setores mais ativos no país, com média de uma transação a cada nove dias. Em 2021, o setor chegou a ocupar o segundo lugar em volume de negócios.

O movimento de consolidação é liderado por grandes grupos como Rede D’Or, Intermédica, Dasa, DaVita, Hapvida, Fleury, Oncoclínicas, Sabin, Viveo e Hermes Pardini. Nos últimos anos, cerca de 500 transações geraram faturamento conjunto de quase R$ 90 bilhões. De acordo com a KPMG, o setor tem mantido protagonismo, mesmo em cenários de instabilidade econômica e juros elevados.

Estudo da Bain & Company mostra que 70% das transações no setor em 2023 envolveram prestadores de serviços assistenciais, com foco na ampliação da base de atendimento. A expectativa para os próximos anos é de uma atuação ainda mais estratégica, incluindo a entrada em novos elos da cadeia de saúde e a adoção de modelos integrados e digitais.

No primeiro trimestre de 2025, o setor respondeu por 8% do volume global de transações de M&A e por 10,7% do valor total movimentado, somando US$ 112,6 bilhões, segundo dados da PitchBook.

Leia também: Blockchain avança na saúde e promete mais controle ao paciente sobre seus dados 

Entre as movimentações mais relevantes no período estão a fusão das operações hospitalares da Dasa com a Amil, criando uma joint venture com receita próxima de R$ 10 bilhões, e a proposta da EMS para fusão com a Hypera, com objetivo de liderar o mercado de medicamentos no Brasil.

Para Leonardo Grisotto, sócio da Zaxo M&A Partners, o dinamismo do setor está ligado a fatores como governança, inovação e visão de longo prazo. “Empresas com boa governança, tecnologia embarcada e visão estratégica se destacam. Antecipar movimentos pode ser decisivo”, afirma.

Jefferson Nesello, sócio-fundador da Zaxo, destaca que momentos de incerteza podem representar oportunidades. “A saúde é essencial e resiliente. Quem analisa bem os ativos consegue capturar valor futuro mesmo em cenários adversos”, avalia.

Estudo da Zaxo, conduzido por Ronaldo Rodrigues, analisou mais de 20 mil transações em 18 países entre 1990 e 2023. Os dados indicam que, embora a incerteza econômica possa reduzir em até 6,7% o valor de aquisição, essa perda pode ser mitigada para 1% quando a empresa-alvo apresenta alto potencial de crescimento.

O levantamento também revela que, para cada 1% de incremento nas chamadas “opções de crescimento” da empresa-alvo, o valor da transação pode subir até 16%. “Isso mostra como uma análise bem-feita é capaz de transformar incerteza em retorno real”, afirma Rodrigues.

A Zaxo fechou um recorde de negócios em 2024 e projeta superar R$ 600 milhões em valores transacionados em 2025, consolidando sua atuação no setor de saúde.

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