Uma a cada dez pessoas no mundo sofre com a doença renal crônica (DRC), caracterizada por uma lesão irreversível nos rins. O número de casos nos últimos anos tem aumentado tanto que a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) estima que, em 2040, a DRC será a quinta maior causa de morte do mundo. Em 2020, a Sociedade já considerava a DRC uma epidemia com número crescente de casos.
De acordo com a SBN, o Brasil tem mais de 148 mil pacientes que realizam diálise, processo de filtragem do sangue feito por uma máquina em pacientes cujos rins não conseguem fazê-lo. Essa é a maior taxa de pacientes já registrada no país e vem aumentando desde 2015, quando havia mais de 111 mil pacientes de diálise no Brasil.
Buscando mapear o número de casos e o diagnóstico precoce da doença, a AstraZeneca em parceria com a Inspirali, vertical de cursos de medicina da Ânima Educação, está realizando a Campanha de Rastreamento de Doença Renal Crônica. A ação tem por meta testar 180 mil pessoas dos grupos mais propensos a desenvolver a doença – entre indivíduos com mais de 18 anos portadores de diabetes, obesidade, hipertensão ou doenças cardiovasculares e idosos acima de 65 anos. Os testes de urina são gratuitos e a análise é feita por meio da pesquisa de proteinúria.
Andrea Coscelli, diretora de aliança estratégica da Inspirali e responsável por esta ação de rastreio da doença, conta que o objetivo da campanha é estimular a prevenção. “A expectativa é detectar casos de pacientes com problemas renais em estágio inicial, uma vez que o rastreio precoce contribui com a possibilidade de definir a melhor estratégia de tratamento e proporcionar melhor qualidade de vida aos indivíduos com a DRC.”
A executiva informa ainda que a ação vai do rastreio ao encaminhamento médico. “Caso seja identificado risco de doença renal, a pessoa será encaminhada para acompanhamento profissional nos Centros Integrados de Saúde (CIS), que são unidades médicas pertencentes às escolas de Medicina da Inspirali.
A identificação e o manejo precoce da doença renal crônica têm o potencial de reduzir substancialmente o agravamento da doença e o risco de morte de DRC e suas complicações relacionadas. “Apoiar o diagnóstico precoce dos pacientes é fundamental para evitar a evolução de várias doenças, entre elas a doença renal crônica”, afirma a diretora médica da AstraZeneca, Marina Belhaus. “Essa parceria com a Inspirali beneficiará muitos brasileiros”, diz ela.
Desde setembro deste ano e até janeiro de 2023, a Campanha de Rastreamento de Doença Renal Crônica acontece em 11 cidades: Belo Horizonte, Camaçari, Cubatão, Natal, Palhoça, Piracicaba, Salvador, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, São Paulo, Tubarão e Vespasiano. Até aqui, já foram coletadas mais de 7.600 amostras.
A ação conta com o trabalho dos docentes, estudantes e técnicos de enfermagem das instituições que compõem a Inspirali. São elas: Universidade Anhembi Morumbi e Universidade São Judas, ambas na cidade de São Paulo, Unisul, em Santa Catarina, UniBH e Faseh, ambas em Minas Gerais, UNIFACS, Bahia, e UnP, Rio Grande do Norte.