sexta-feira, abril 26, 2024
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Estudo avalia fatores de risco de idosos com covid desenvolverem insuficiência respiratória grave

por Redação
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Estudo brasileiro realizado por pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) avaliou a influência de doenças crônicas, comprometimento radiológico pulmonar e exames laboratoriais no risco de desenvolver insuficiência respiratória grave com necessidade de ventilação mecânica (intubação) e morte em idosos hospitalizados com covid-19. A pesquisa, que acaba de ser publicada pelo jornal científico inglês BMC Geriatrics, envolveu 201 pacientes com mais de 60 anos.   

O objetivo da pesquisa foi estudar quais são os fatores relacionados a uma pior evolução clínica entre os pacientes internados por covid-19. Para isso, os pesquisadores acompanharam os participantes do estudo, já desde o momento da internação (estudo prospectivo) e avaliaram os desfechos de insuficiência respiratória grave com necessidade de ventilação mecânica e mortalidade.

“Os resultados apontam que, dentre todos os fatores analisados, os níveis de vitamina D no sangue menores que 40ng/mL, anemia (hemoglobina menor que 12g/mL), proteína C-reativa (um marcador de inflamação) maior que 80ng/mL e comprometimento pulmonar maior que 50% na tomografia computadorizada foram preditores importantes e independentes para insuficiência respiratória grave e ventilação mecânica”, explica um dos autores da pesquisa, Alberto Frisoli Junior, médico geriatra do Einstein e professor da Unifesp.

Por outro lado, os fatores preditivos de morte foram a presença de fibrilação atrial (um tipo específico de arritmia cardíaca), histórico de câncer e o aumento de uma das principais substâncias inflamatórias relacionadas à covid-19, a interleucina 6. A anemia também foi preditora de morte, mas de forma menos intensa que os demais.

Dentre os participantes, 16,9% evoluíram para insuficiência respiratória com necessidade de ventilação mecânica. “Em contrapartida, o estudo demonstrou que níveis maiores que 40 ng/mL de vitamina D no organismo apresentam seis vezes menos chance de o paciente ser intubado”, esclarece Frisoli. Ainda não se sabe o motivo de isso acontecer, mas há evidências de que a vitamina D tenha um papel relevante para a imunidade, auxiliando no funcionamento adequado do sistema imunológico.

Metodologia do estudo

O estudo apresentou uma metodologia diferenciada por analisar as variáveis relacionadas à gravidade de casos de covid-19 por meio de acompanhamento médico criterioso. A pesquisa foi realizada em caráter prospectivo, em que pacientes minuciosamente selecionados são acompanhados desde a internação.

Os dados de doenças crônicas, tomografia do pulmão e exames laboratoriais foram coletados nas primeiras 48 horas de internação e avaliados de forma independente para garantir que esses fatores possam interferir no desfecho clínico.

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