Em cinco anos do curso de Medicina da Unoeste em Guarujá, celebrados em 25 de março, a instituição reafirma seu compromisso com a inovação e o bem-estar da comunidade da Baixada Santista, consolidando-se como uma instituição de destaque na produção de conhecimento científico. Sob orientação do Núcleo de Pesquisa e Extensão, liderado pela Dra. Marceli Rocha Leite, a instituição comanda estudos que têm impactado significativamente a região.
Entre os principais estão “Saúde e Mortalidade Materno-Infantil em Guarujá: Coorte de nascimentos Guarujá”, “Efeitos da poluição atmosférica no sistema respiratório, cardiovascular e na qualidade de vida de idosos e crianças moradoras de uma área portuária no município de Guarujá/SP” e “Efeitos do uso de cigarros eletrônicos nos sistemas respiratório e cardiovascular de adultos”.
“As pesquisas em andamento na Unoeste nas áreas de meio ambiente e saúde estão contribuindo para o avanço do conhecimento científico na região, especialmente no que diz respeito à saúde pública e ao bem-estar das comunidades locais. No geral, essas pesquisas estão fornecendo dados científicos essenciais que podem ser utilizados para informar políticas de saúde, programas de intervenção e práticas clínicas na região”, explica a docente, reforçando os desafios da área ao longo desses cinco anos.
Parcerias fortalecem projetos
Para o coordenador acadêmico de Medicina, Dr. Geraldo Alécio, desenvolver a pesquisa, que é um dos pilares da Unoeste, envolve firmar parcerias com instituições comprometidas com a saúde pública. “Hoje em dia, nós temos que procurar fazer pesquisas que deem um retorno direto para a população. Então, quando nós realizamos pesquisa nas instituições do município de Guarujá, essas pesquisas revertem melhorias para as instituições e, ao mesmo tempo, melhoria para o curso de Medicina”.
O diretor-presidente da Associação Santamarense de Beneficência do Guarujá – Hospital Santo Amaro, Dr. Urbano Bahamonde Manso, reforça a importância da parceria com a universidade. “A chegada de alunos do curso de Medicina da Unoeste à unidade hospitalar foi muito bem recebida, tanto pelos preceptores do Hospital Santo Amaro, quanto pela comunidade usuária do Sistema Único de Saúde. Para a comunidade em geral, tão carente de outras benesses, a atenção e interesse demonstrados pelos alunos permite maior acolhimento e segurança”, diz o gestor.
Outras colaborações bem-sucedidas, com a Secretaria do Meio Ambiente de Guarujá e a obtenção de bolsas de iniciação científica pela Fapesp, impulsionam ainda mais a pesquisa na região.”Estas conquistas não apenas representaram uma contribuição significativa, mas também serviram como um estímulo para que outros alunos se interessem em participar de projetos de iniciação científica, fortalecendo assim ainda mais a pesquisa na instituição”, comemora a Dra. Marceli.
Produção científica na prática
Davi Castor da Silva, estudante de Medicina da Unoeste, está envolvido em duas pesquisas importantes. A primeira delas foca na compreensão do perfil epidemiológico da leptospirose na região metropolitana da Baixada Santista, especialmente em relação à interposição do complexo portuário da região.
“A leptospirose é uma zoonose com sinais e sintomas inespecíficos, que pode acometer pessoas de qualquer faixa etária. Assim, a pesquisa permite entender como se dá o desenvolvimento dessa doença na nossa região, que possui características sociais e ambientais específicas”, explica.
O segundo projeto de Davi investiga os efeitos do cigarro eletrônico no sistema respiratório e cardiovascular de adultos. Para ele, o apoio da Unoeste no desenvolvimento dos seus estudos é fundamental. “A Unoeste comprou equipamentos para realizarmos a coleta e disponibiliza laboratórios e técnicos para nos auxiliarem. Ou seja, cria um ambiente de pesquisa, com docentes altamente capacitados para orientar e facilitar o complicado caminho da pesquisa”.
“É muito importante criarmos nos estudantes a cultura de fazer pesquisa. Ter a cultura da investigação científica deve fazer parte de todos os profissionais graduados ou não que querem trazer benefícios para a sociedade. Então, o que nós queremos é construir nos nossos estudantes uma cultura de fazer pesquisa, de fazer investigação científica, de melhorar e transformar os ambientes onde eles estiverem inseridos”, conclui Dr. Alécio.