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Inteligência Artificial é um caminho sem volta, mas qual é o destino?

por Andrey Abreu
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Quando falamos de futuro na saúde, podemos imaginar tendências como cirurgia com o uso de nano robôs médicos, impressão de órgãos, ossos e tecidos com o uso de impressoras 3D e dispositivos vestíveis que recuperam o movimento de pessoas com deficiências físicas.

Podem parecer ideias futuristas ou até impossíveis, mas a realidade é que estamos vivendo uma nova revolução, desta vez, focada na inteligência e na tecnologia. Assim como passamos por outras três revoluções e, com elas, aprendemos e nos adaptamos, precisaremos nos adequar a mais uma mudança que já tem seu lugar garantido na nossa rotina.

A Inteligência Artificial (IA) tem acelerado essa revolução e a adoção dela na área da saúde está crescendo rapidamente. Para se ter uma ideia, em 2022, cerca de 40% dos hospitais nos Estados Unidos utilizavam IA, com previsão de chegar a 70% até 2027, sendo aplicada atualmente para melhorar a qualidade do atendimento ao paciente, aumentar a precisão de diagnósticos, reduzir os custos e melhorar a eficiência do sistema de saúde.

Um estudo realizado pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center (EUA) mostrou que um sistema de IA foi capaz de identificar pacientes com câncer de pulmão com 94% de precisão, enquanto os radiologistas humanos tiveram uma precisão de 86%. Isso levou a uma redução no número de pacientes que receberam diagnósticos incorretos e tornou possível um tratamento mais eficaz.

O resultado é surpreendente. Mas se engana quem pensa que teremos um substituto digital para o médico. Prefiro pensar que teremos um assistente com QI avançado e que poderá ser um suporte importante na jornada médica.

Outro estudo realizado pela Universidade de Stanford mostrou que um sistema de IA foi capaz de desenvolver um novo tratamento para o câncer de mama mais eficaz do que os tratamentos existentes. Os pesquisadores usaram um conjunto de dados de 10.000 pacientes com câncer de mama de estágio inicial para treinar um sistema de IA baseado em aprendizado profundo, identificando características moleculares e genéticas que poderiam ser usadas para prever a resposta ao tratamento. O resultado é que a IA foi capaz de desenvolver tratamentos personalizados que foram mais eficazes do que os tratamentos existentes em pelo menos 42% dos casos, sendo menos agressivos.

Mas e agora, o que é possível esperar?

A Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de revolucionar a maneira como a saúde é entregue. Enquanto imaginamos tudo que é possível fazer num futuro próximo com IA, podemos tangibilizar ações de curto prazo, como a adoção em processos burocráticos que possam ser executados por IAs generativas ou robotização, já agora.

De acordo com um estudo do American College of Physicians (EUA), os médicos gastam cerca de 50% de seu tempo com tarefas administrativas, como preencher formulários, fazer chamadas telefônicas e lidar com seguros.

Considerando a automatização de uma parte dessas atividades, restaria muito mais tempo para que o médico se concentre na atenção e cuidado ao paciente.

O que veremos nos próximos anos ainda é incerto nesse campo, mas podemos ter a certeza de que a tecnologia no cuidado à saúde tem avançado a passos largos para tornar a saúde mais inteligente, mais acessível e mais digital.

Andrey Abreu, diretor Corporativo de Tecnologia da MV.

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