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Dasa usa IA para realizar diagnóstico precoce e redução de riscos em exames

Companhia utiliza mais de 30 algoritmos na leitura de exames e laudos médicos para acelerar tratamentos de doenças como câncer e cardiopatias

por Redação
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Pioneira no uso de Inteligência Artificial no Brasil, a Dasa, uma das maiores redes de saúde do país, utiliza a inteligência artificial (IA) para transformar o diagnóstico e o tratamento de doenças, promovendo agilidade e segurança. Com mais de 30 algoritmos de IA implementados em laboratórios em todo o país, a tecnologia aprimora a experiência do paciente, com exames mais rápidos e maior precisão, além de reduzir o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento.

Uma das novidades em unidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal é um algoritmo de IA capaz de identificar automaticamente possíveis doenças cardíacas em todas as tomografias de tórax.

A nova tecnologia mede automaticamente o score de cálcio presente na válvula aórtica — índice importante para o rastreamento precoce da estenose aórtica, condição progressiva que reduz a abertura da principal válvula do coração, dificultando o fluxo sanguíneo para o corpo. A doença pode levar à insuficiência cardíaca e arritmias se não for diagnosticada e tratada a tempo. A inovação se soma a outro algoritmo que rastreia a quantidade de cálcio na principal artéria do coração — a coronária. As placas de cálcio nessa artéria são indicativos de patologias como a arteriosclerose, que, em casos graves, pode evoluir para infarto.

O superintendente médico de Inovação, Pesquisa e Educação da Dasa, Victor Gadelha, explica que as tomografias comuns para medir o score de cálcio na aorta requerem a sincronização do aparelho com os batimentos cardíacos para gerar imagens com nitidez. “Esse procedimento pode ser demorado e exige preparação do paciente para reduzir a frequência cardíaca. O laudo também costuma ser mais complexo. Já no exame com IA da Dasa, essa identificação é feita automaticamente pelo algoritmo em todas as tomografias de tórax, sem a necessidade de preparação”, afirma.

Para o diretor-geral médico e de Cuidados Integrados da Dasa, Leonardo Vedolin, o novo modelo permite mais conforto ao paciente e o rastreamento precoce de possíveis doenças cardíacas. “A IA é uma ferramenta contra o que chamamos de gaps de rastreio: a tecnologia pode detectar precocemente sinais de doenças cardíacas em pacientes que realizaram uma tomografia de tórax por outros motivos, como suspeita de pneumonia. Dessa forma, a prevenção tem uma abrangência ainda maior, contribuindo para o sucesso do diagnóstico, tratamento e desfecho clínico.”

Processamento de linguagem natural

Outro avanço em IA na Dasa está no uso de algoritmos de processamento de linguagem natural (NLP), que identificam automaticamente mais de 40 doenças em laudos de exames de imagem. Isso permite que a IA colete e analise dados complexos — como no caso de nódulos hepáticos — e, quando algo relevante é identificado, uma equipe médica entra em contato com o médico prescritor do exame imediatamente para acelerar a jornada de cuidado, levando a melhores desfechos clínicos.

“A inovação reduziu a mediana de tempo entre a detecção de doenças e a próxima etapa da jornada de cuidado de 17 para somente 7 dias, um ganho significativo para o sucesso do desfecho clínico”, explica Vedolin.

Ressonâncias mais rápidas

O Projeto ACE, da Dasa, utiliza um algoritmo de aprendizado profundo (deep learning) para reduzir os ruídos de imagem nos exames de ressonância magnética. Com a inovação, houve uma redução de 40% no tempo de realização dos exames, proporcionando melhor experiência e conforto aos pacientes, que permanecem menos tempo dentro do aparelho. Hoje, esse algoritmo roda em 80 equipamentos de ressonância magnética da rede.

Histórico da IA na Dasa

A Dasa é pioneira na adoção da IA na saúde. A trajetória começou em 2017, após a participação da empresa na conferência da Sociedade de Radiologia da América do Norte (RSNA), onde ficou claro o potencial da tecnologia. Desde então, foi criada uma área dedicada ao desenvolvimento de algoritmos, testes e parcerias com empresas de IA.

“Após esse período de muita ideação, testes e hipóteses de IA na Dasa, hoje estamos na fase de geração de valor, na prática. Para a Dasa, é importante que os algoritmos sejam utilizados em escala, com ganho real para pacientes, médicos e para a sustentabilidade do setor. Todos os algoritmos que rodam hoje em nossa companhia têm essa premissa”, completa Vedolin.

A empresa também possui uma base jurídica e tecnológica voltada à criação e validação de algoritmos, sempre com respeito integral à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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