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Einstein utiliza IA para diagnóstico de doenças em pacientes do SUS

por Redação
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Por meio da inteligência artificial (IA), um projeto conduzido pelo Einstein, que faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), em parceria com o Ministério da Saúde, está em fase de validação para permitir que exames de imagens — como raio-X e tomografia — sejam analisados por algoritmos complexos e auxiliem no diagnóstico de doenças como tuberculose e alterações secundárias ao vírus da zika, além de câncer de pele através de fotos da pele.

O Banco de Imagens, iniciativa inédita no Brasil, se propõe a expandir e escalonar a base nacional de exames de imagens no país, servindo de apoio para a implementação da IA. Com isso, ajuda a resolver dois importantes problemas: a inexistência de uma plataforma que consolide os exames realizados por pacientes do SUS e a dificuldade no diagnóstico de algumas doenças.

“Muitos dos exames realizados por pacientes do SUS ao longo dos anos se perderam pela inexistência de uma plataforma que os consolidasse. Isso fez com que seu histórico se perdesse e muitos exames fossem repetidos, levando ao desperdício de recursos no sistema de saúde”, explica Pedro Vieira, coordenador médico de inteligência artificial do Einstein. “Reunir esses dados em uma só plataforma parecia ser uma missão impossível, mas se tornou uma realidade e, sem dúvidas, beneficiará a todos”, ressalta.

Para garantir acessibilidade a qualquer profissional em qualquer localização do país, a plataforma pode ser utilizada em qualquer tipo de aparelho celular, mesmo os mais simples, com um uso descomplicado: basta enviar a foto do exame, que imediatamente o algoritmo identifica os possíveis diagnósticos, exibindo as probabilidades de determinada doença, apontando o local onde ela se encontra e qual é a alteração, além de sinalizar outras patologias que podem estar relacionadas.

“Isso fomenta o ecossistema de inovação ligado à saúde. Este banco de imagens fortalecerá a interoperabilidade de imagens médicas do SUS, o que pode ser usado por startups e centros de pesquisa para desenvolver e validar novos algoritmos”, destaca o especialista.

Por meio da inteligência artificial, o diagnóstico poderá ser realizado em segundos, e caso o algoritmo detecte alguma anormalidade, um médico especialista poderá ser acionado para investigar o caso a fundo. Pela abrangência do projeto, o acesso à saúde também será ampliado. “Um paciente de uma região remota do Amazonas poderá ter a mesma qualidade de diagnóstico de um paciente atendido em São Paulo, que tem mais recursos”, acrescenta.

Na primeira fase, o Banco de Imagens contou com parcerias internacionais, como com a Universidade de Stanford, instituição considerada referência em inovação, inteligência artificial e algoritmos voltadas a diagnóstico por imagens. O Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (DECTI), considerado o principal agente fomentador de conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação em saúde, é o responsável pela gestão da iniciativa, em parceria com o Datasus e com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), responsável pelas doenças que serão rastreadas. Todos os órgãos são do Ministério da Saúde.

A fim de assegurar o compartilhamento seguro do dado, o projeto realizou inúmeros testes para garantir que os dados dos usuários fossem compartilhados de forma anonimizada. O tipo de informação disponibilizada será útil somente para a realização de pesquisas científicas.

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