terça-feira, abril 30, 2024
Home News Dados mostram que saúde suplementar teve quase R$ 11 bi de perdas em 2022

Dados mostram que saúde suplementar teve quase R$ 11 bi de perdas em 2022

por Redação
0 comentário

A pandemia de Covid-19 obrigou à implementação de medidas emergenciais no setor de saúde, incluindo a adoção da telemedicina para a realização de consultas e solicitações de exames de forma remota. Essa prática, no entanto, está cada vez mais se consolidando e impactando o setor de saúde suplementar que vem registrando uma queda significativa nas consultas presenciais (-17% entre 2019 e 2021), que também enfrenta uma nova realidade com a queda do chamado “rol taxativo”, que ampliou a exigência de cobertura dos planos de saúde.

Para analisar o período e os fatores que influenciam diretamente esse novo cenário, a Zetta by Semantix compilou vários dados que traçam um panorama exato do que viveu e vive o setor de saúde atualmente.

No período pandêmico, a Zetta by Semantix registrou 428.266 teleatendimentos — 33,5% dos atendimentos totais —, dos quais 56% foram consultas e 44% de terapias. A variação per capita, comparando 2021 e 2022, representa um aumento de 23% em consultas e 68% em terapias.

Em dezembro de 2022, o número de brasileiros com plano de saúde atingiu seu recorde histórico de 50,5 milhões, se recuperando após a queda entre 2014 e 2017 e crescendo rapidamente após o choque inicial da pandemia de Covid-19 — um aumento de 8,1% em relação a junho de 2020.

Apesar dos resultados positivos observados na evolução da população assistida por planos de saúde, Zetta by Semantix destaca que o setor vem enfrentando uma crise sem precedentes. Essa crise se manifestou de forma concreta no registro de perdas bilionárias pelo setor em 2022:

  • Sinistralidade: 2022 apresenta resultado insatisfatório — até o terceiro trimestre, foi observado o pior resultado da série em questão, evidenciado por uma sinistralidade acumulada de 90,3%;
  • Resultado operacional: no ano de 2022, o setor registrou o pior resultado operacional da série observada, acumulando quase R$ 11 bilhões em resultados operacionais negativos até o terceiro trimestre;
  • Queda na receita: embora as tendências de aumento de receita e despesas fossem semelhantes, a pandemia de Covid-19 em 2020 provocou VCMH negativo e resultou na determinação, pela ANS, de percentual negativo no reajuste de planos de saúde individuais pela primeira vez na história e na limitação das operadoras em aumentar os preços dos planos coletivos. Analisando o valor per capita, é possível perceber uma reversão na tendência de crescimento da receita entre os anos de 2021 e 2022. No entanto, avaliando o custo per capita, é possível notar uma desaceleração no seu crescimento durante o mesmo período.

Controle dos custos assistenciais

Segundo a Zetta by Semantix, a análise de dados e a inteligência artificial podem ajudar a reduzir os custos de planos de saúde de diversas maneiras. Alguns exemplos incluem:

  • Identificação de padrões de uso: a análise de dados de uso do plano de saúde pode ajudar a identificar padrões de comportamento e uso;
  • Prevenção de fraudes: identificar fraudes, evitando perdas financeiras;
  • Análise de risco: elaboração de modelos preditivos para classificação de risco na subscrição e uso do plano;
  • Melhoria da gestão de saúde populacional: a análise de dados populacionais pode ajudar a identificar tendências e oferecer suporte a iniciativas de prevenção e tratamento;
  • Predição de internações: a inteligência artificial pode ser usada para prever a probabilidade de internação de pacientes com base em seus históricos médicos;
  • Análise de custos de tratamento: a análise de custos assistencial pode ajudar as seguradoras a identificar áreas em que os custos podem ser reduzidos;
  • Predição de alto custo: a inteligência artificial pode ser usada para prever a probabilidade de tratamentos de alto custo de pacientes com base em seus históricos de utilização;
    Apoio em negociações: modelos preditivos que indiquem tendências ou desvios que possam apoiar as áreas de negócios em negociações com prestadores.

“A saúde digital deve se basear na interoperabilidade, permitindo que diferentes sistemas, tecnologias e dispositivos trabalhem juntos de maneira integrada e eficiente, otimizando o compartilhamento de informações de forma segura e eficaz. Aproveitar o máximo das tecnologias emergentes é a principal saída para o enfrentamento da crise e o consequente foco no cuidado da população”, afirma Thiago Pavin, diretor de produtos da Semantix.

Notícias relacionadas

Deixe um comentário

* Ao utilizar este formulário concorda com o armazenamento e tratamento dos seus dados por este website.

SAÚDE DIGITAL NEWS é um portal de conteúdo jornalísticos para quem quer saber mais sobre tendências, inovações e negócios do mundo da tecnologia aplicada à cadeia de saúde.

Artigos

Últimas notícias

© Copyright 2022 by TI Inside