terça-feira, abril 30, 2024
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Novas tecnologias são ferramentas cruciais para prevenir doenças, diz médica

por Redação
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A tecnologia na medicina está transformando os cuidados em saúde e a forma como os médicos se relacionam com os pacientes. A automação dos procedimentos, fortalecida com a chegada da internet das coisas (IoT), big data e a inteligência artificial (IA), interfere no modo como a medicina é aplicada e essas transformações impactam desde o ensino da profissão, passando pela atuação do médico até a prevenção e tratamento de doenças, destaca a médica geriatra Alessandra Tieppo, secretária-geral da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Como prova disso, ela cita pesquisa realizada pela Associação Paulista de Medicina (APM), a qual mostra que 90% dos médicos acreditam que as novas tecnologias digitais ajudam a melhorar a assistência em saúde à população.

Segundo Alessandra, nas especialidades médicas não é diferente. “A tecnologia desempenha um papel importante, proporcionando avanços promissores e impactando positivamente a prática. O aumento dos custos da saúde serve como mola impulsionadora para a utilização de novas tecnologias, que proporcionam maior acesso e adesão aos tratamentos. São ferramentas poderosas para alcançar os objetivos de promover saúde e prevenir doenças. A evolução da saúde digital é um caminho sem volta”, afirma.

Mais possibilidades

Os geriatras e gerontólogos, explica Alessandra, têm o objetivo comum de preservar a funcionalidade da população idosa, que faz uso de muitos serviços de Saúde, e a tecnologia vem para auxiliar na sua promoção, na prevenção e no controle das doenças crônicas, na reabilitação e até mesmo na finitude da vida.

“Vale a pena falar de que solução tecnológica estamos nos referindo. Por exemplo, a cirurgia robótica traz mais segurança ao procedimento; a impressão 3D pode levar a um planejamento cirúrgico mais propício e à construção de órteses mais adequadas; o uso de um prontuário único pode diminuir, em muito, o risco de iatrogenia. As possibilidades são várias dentro de um universo bem maior do que podemos imaginar”, comenta a secretária-geral.

Ela lembra que o uso de tecnologia na Saúde envolve também a capacitação profissional, o treinamento dos cuidadores e a educação do paciente, o principal ator nos cuidados da sua Saúde.

“Acredito que ninguém se opõe à tecnologia. Mas, as pessoas temem o desconhecido. Cabe às universidades preparem seus docentes e discentes; as sociedades médicas e os conselhos de classes trabalharem com educação continuada e proporem as boas práticas para seus associados. A ética e as boas práticas têm sempre que vir em primeiro lugar. Por isso, também devem ser ensinadas nas faculdades”, afirma.

Telemedicina

Entre os benefícios das soluções tecnológicas, a prática da Telemedicina tem ganhado destaque no acesso e na melhoria da assistência à saúde da população.

“Pacientes, familiares, cuidadores e profissionais de Saúde só podem se beneficiar com essa modalidade. A Telemedicina é um mundo à parte”, revela Alessandra, destacando que ela faz parte de uma rede de atenção integral, na qual o cuidado está centrado na pessoa. “Sua importância é imensurável. A Telemedicina já completa mais de 20 anos de existência e já provou seu valor”, garante.

Opinião reiterada por Rubens Gagliardi, presidente da Associação Paulista de Neurologia (Apan), que afirma que a modalidade leva assistência à Saúde a regiões distantes, à população com menor poder aquisito, além de facilitar o acesso a quem vive no grandes centros.

“O médico especialista também pode enviar informações para profissionais e pessoas treinadas em outras localidades para auxiliar na abordagem do problema, no diagnóstico e nos cuidados sem que haja perda de tempo, até em urgências que necessitam de uma ação imediata. Sem a Telemedicina, não conseguiríamos fazer esse tipo de atendimento, o que é uma contribuição muito grande para a assistência à população”, ressalta Gagliardi.

Benefícios

Na neurologia, o presidente da Apan diz que as novas tecnologias, com um forte componente digital, como a inteligência artificial, abrem muitas portas e auxiliam na melhor definição de riscos, na localização dos problemas e na indicação de como atuar em cada situação.

“Temos muitas ferramentas que auxiliam nos tratamentos, como na trombectomia mecânica, e em vários procedimentos, como as terapias molecular e genética, que aumentam as possibilidades no campo da intervenção, da prevenção e da reabilitação, também contribuindo de modo significativo para a Saúde e a qualidade de vida das pessoas”, explica Gagliardi

“A Saúde Digital tem de fazer parte do dia a dia de uma maneira quase fisiológica. Associada à telemedicina, vão mudar o modo como aprendemos medicina e as demais profissões da área da Saúde, a relação com o paciente e dele com o seu cuidado. Também acredito que com ética e boas práticas, a maioria dos médicos e profissionais de saúde terá a certeza que a mudança foi para melhor”, finaliza a secretária-geral da SBGG.

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