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Dispositivo miniatura recarregável refreia incontinência urinária

por Redação
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Com a evolução da tecnologia, muitas enfermidades podem agora ser controladas ou tratadas com a ajuda de uma série de dispositivos médicos, e um deles acaba de chegar ao País. Trata-se do nterStim Micro, uma versão miniatura, de 2,8 cm³, cinco vez menor que o convencional, de 14,3 cm³, indicado para o tratamento da incontinência urinária e fecal e já aprovado pela FDA, a Anvisa dos Estados Unidos.

Implantado no paciente por cirurgia minimamente invasiva na área do glúteo, na parte superior, o dispositivo InterStim Micro marca uma nova era da miniaturização na saúde, permitindo uma cicatrização mínima e a recuperação rápida e segura. A bateria dele dura até 15 anos e exige recarga mínima semanal de 20 minutos. Outro diferencial do dispositivo é a compatibilidade com exames de ressonância magnética de corpo inteiro.

A terapia funciona estimulando os nervos sacrais com pequenos pulsos elétricos. Em pacientes com incontinência urinária ou fecal, o cérebro e os nervos sacrais são incapazes de se comunicar adequadamente. O tratamento tenta regular melhor a função dos nervos sacrais, para que possam interpretar os sinais do cérebro e transmiti-los aos músculos circundantes do assoalho pélvico. Pulsos elétricos leves ajudam os nervos a funcionar normalmente, da mesma forma que um marca-passo usa impulsos elétricos para manter o coração batendo em um ritmo constante e previsível. Isso restaura a função normal da bexiga e do intestino.

Sobre a doença

A incontinência urinária, perda involuntária da urina, está relacionada a diversas causas, como a obesidade, a menopausa, lesões musculares e a gravidez. O distúrbio é mais frequente no sexo feminino e pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens. Segundo a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), o distúrbio atinge 45% da população feminina acima de 40 anos e 15% da masculina.

Pesquisa realizada no Brasil recentemente mostrou que mais de 70% dos pacientes com Incontinência Urinária não procuram informações sobre a doença e quase metade não busca ajuda médica para tratá-la, justamente porque a condição ainda é um tabu que gera vergonha, constrangimento e impactos na qualidade de vida das pessoas.

O levantamento, elaborado pela Medtronic com o Instituto Qualibest, também apontou que a doença interfere principalmente na qualidade do sono dos pacientes, na hora da prática esportiva, no período de lazer e na vida profissional. Foram realizadas 441 entrevistas com homens e mulheres, de 35 anos ou mais, das classes sociais ABC.

“Uma das principais causas da IU decorre de um quadro denominado bexiga hiperativa, condição neurológica que desperta necessidade súbita de urinar ou idiopática, definida pela perda involuntária da urina com a realização de esforços”, esclarece o médico Fernando Almeida, professor de urologia da Unifesp.

Mas quais são os sintomas da incontinência urinária? Costumam ocorrer vazamento de urina quando a pessoa espirra, tosse, ri ou se exercita, dificuldade para segurar a urina e vontade de urinar constantemente o que dá a sensação de que a bexiga nunca está vazia. Por conta dessas manifestações, muitas vezes os pacientes precisam recorrer ao uso de absorventes ou mesmo fraldas para atenuar o escape descontrolado de xixi.

“Estamos falando de uma espécie de câncer social que leva ao sofrimento e isolamento, e pode resultar em quadros de depressão”, chama a atenção o médico.

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