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Moinhos de Vento chega à marca de 200 transplantes de medula óssea realizados

por Redação
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O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, está comemorando a marca de 200 transplantes de medula realizados. Desde 2015, o hospital conta com um programa específico voltado ao transplante de medula óssea, sendo a única instituição privada do Estado a oferecer todos os tipos desse tratamento: autólogo (quando a medula vem do próprio paciente), alogênico aparentado (de um familiar) e alogênico não aparentado (de um terceiro).

Por trás desses números, a instituição acumula muitas histórias de luta e de superação para contar. Uma delas é a de Suellen Coscia Bueno, de 35 anos. Natural de Porto Alegre, a paciente recebeu o diagnóstico de Linfoma de Hodgkin em novembro de 2019, com 17 semanas de gestação. Ao longo da gravidez, Suellen enfrentou um protocolo de quimioterapia. Como o tratamento não surtiu o efeito esperado, ela passou pelo primeiro transplante de medula, na categoria autólogo, em junho de 2020. “Entrei em remissão, mas quase um ano depois, tive uma recidiva e precisei passar por um segundo transplante, o haploidêntico (com doador 50% compatível), em junho de 2021”, revela.

O doador foi o seu irmão Fabiano, seu anjo da guarda, como fala. “Esse foi um transplante mais complexo, fiquei três meses internada”, relembra Suellen. Ela conta que, ao longo desse período, desenvolveu uma relação de muita confiança com a equipe da onco-hematologia. “É praticamente uma segunda casa, onde me sinto segura. É indescritível a emoção de ter uma segunda, uma terceira chance de viver e aproveitar a vida ao lado da minha família e amigos”, conta a mãe de Vítor, hoje com três anos.

Davi Borges Schneid, de 41 anos, também é um dos pacientes do Moinhos de Vento que passou por um transplante – neste caso, autólogo –, em 20 de junho de 2022. “Hoje ainda preciso tomar alguns cuidados por estar fazendo quimioterapia, mas me sinto muito feliz e abençoado por ter tido a oportunidade de me curar por meio desse procedimento. Sou muito grato a toda a equipe médica, e todos da enfermagem foram incríveis”, conta o pelotense, morador de Porto Alegre. A partir da experiência, Schneid conta que passou a valorizar “cada minuto” da vida com familiares, esposa, filhos e amigos.
200 transplantes realizados.

Para a médica hematologia Lisandra Della Costa Rigoni, a marca evidencia o comprometimento, a qualificação e a dedicação de uma grande equipe multiprofissional. “Esse é um marco que nos enche de orgulho. De uma equipe que não mede esforços para atender pacientes de alta complexidade, aliado ao empenho da superintendência do hospital em disponibilizar as melhores tecnologias e a estrutura física para que os 200 transplantes fossem atingidos com excelência”, avalia.

A especialista destaca a importância da doação. “Sem o doador, o transplante ficaria restrito à modalidade autóloga. A existência do doador permite ampliarmos as modalidades e as doenças que se beneficiam do procedimento”, afirma. Atualmente, graças à modalidade do transplante haploidêntico, ficou mais simples localizar um doador, e são pouquíssimos os casos de pacientes que não transplantam por não terem doador compatível.

O transplante de medula óssea é o único tratamento curativo para algumas doenças hematológicas. O tratamento substitui o tecido doente por células saudáveis do próprio paciente ou de uma pessoa compatível. O interessado em ser um doador de medula deve ter entre 18 e 55 anos de idade, bom estado geral de saúde e não apresentar doenças hematológicas (do sangue), imunológicas ou câncer. Para se cadastrar no banco, basta ir ao Hemocentro de sua cidade ou região, onde será preenchido o cadastro e feita a coleta de uma amostra de sangue. Vale destacar que a doação de medula não tem impacto na saúde do doador.

Serviço de oncologia

O Serviço de Transplantes do Hospital Moinhos de Vento conta com uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, hematologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, nutricionista, dentista e pastoral. “Uma equipe construída com preparo, treinamento e capacitação”, conforme destaca a coordenadora assistencial do Serviço de Oncologia, Taiana Kessler Gomes Saraiva.

A coordenadora também destaca o trabalho de “enfermeiros navegadores”, responsáveis pelo acompanhamento, gestão e orientação de todos os pacientes transplantados. “Os pacientes possuem enfermeiros de referência que, além de acompanhá-los, os orientam em  todas as etapas do tratamento, desde o pré-transplante, durante e após o transplante, inclusive quando já não estão mais no hospital. O Programa de Navegação de Enfermagem é um diferencial importante desse serviço”. Ela destaca ainda o trabalho humanizado da equipe. “Comemoramos cada etapa do tratamento dos nossos pacientes, é um cuidado personalizado, individualizado”, acrescenta.

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