segunda-feira, outubro 14, 2024
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Empresa aplica IA para confecção de lentes progressivas oftalmológicas

por Redação
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Um novo conceito de lentes biométricas, desenvolvidas após dez anos de pesquisa com a aplicação da tecnologia B.I.G. Norm para a especificidade visual de cada usuário passou a ser adotado pela Rodenstock, especializada em design, fabricação e distribuição de lentes oftálmicas em mais de 80 países.

A  B.I.G. Norm é uma nova norma para o cálculo de lentes que faz uso de inteligência artificial (IA) de modo a trazer uma avaliação mais assertiva da saúde ocular dos usuários. Antes dessa inovação, os métodos utilizados nesta análise eram padronizados, o que fez com que os novos parâmetros biométricos chegassem à conclusão de que apenas 2% de usuários no mundo todo possuem lentes precisas para os seus olhos.

O presidente da Rodenstock Brasil, Hugo Mota (foto), diz que o objetivo é fornecer lentes biométricas individuais para todas as pessoas, unindo inteligência artificial e um banco de dados com parâmetros biométricos coletados de mais de 1 milhão de pessoas que são atualizados diariamente com novas informações e, com isso, oferecer maior precisão e conforto para os usuários de óculos. “Somos a primeira empresa a medir a forma e o tamanho individuais de cada olho e produzir lentes personalizadas a partir de milhares de dados”, afirma.

Segundo ele, com a adoção da B.I.G. Norm, a marca registrou somente no ano passado um aumento de 20% nas vendas de lentes corretivas com relação a 2021, e para este ano projeta expandir vertiginosamente esses números além de potencializar sua infraestrutura com aplicação de tecnologias cada vez mais inovadoras.

“A criação das lentes biométricas é um marco de uma nova era na fabricação das lentes oftálmicas, em que nossos engenheiros optaram por mudar o direcionamento das pesquisas. Antes, o empenho era em aprimorar os materiais e geometrias das lentes, hoje em dia a perspectiva é a investigação do principal objeto de estudos: os olhos”, afirma o presidente da Rodenstock Brasil.

Mota cita pesquisa realizada pela Universidade de Ciências Aplicadas de Munique que comparou 2.600 lentes B.I.G. Norm com 2.600 lentes progressivas comuns e constatou que, em 95% dos casos, as lentes com a nova tecnologia conseguiram gerar uma melhor visão periférica. Além disso, o estudo revelou que em 96% dos usuários as lentes baseadas na B.I.G. Norm criaram uma área de visão mais ampla e em 97%, foram reduzidos os efeitos de flutuação, bem como em 89% das vezes foram reduzidas as aberrações para longe.

Para o executivo, esse é o caminho da Rodenstock para continuar transformando o mercado óptico mundial e brasileiro, já que pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o setor é um dos que mais investe em pesquisa e desenvolvimento, apresentando taxa de 86,5% em inovação.

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