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O papel da tecnologia para reduzir o burnout na saúde

por Aparecida Silva
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Diariamente, os médicos lidam com uma rotina estressante e exaustiva com longos períodos de trabalho. Esse cenário, muitas vezes, pode desencadear quadros de síndrome de burnout, ou esgotamento clínico, no caso dos profissionais de saúde.

De acordo com o levantamento realizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFUSCar), profissionais da saúde da rede pública apresentaram grandes índices de esgotamento durante a pandemia de Covid-19, sendo que 86% indicaram sofrer com burnout e 81% com estresse. A má qualidade de sono, sintomas depressivos e dores corporais também foram reportados pelos profissionais.

O excesso de horas de trabalho e a falta de realização profissional, por exemplo, estão entre os principais fatores atribuídos aos sintomas de burnout. Diante desta realidade, é crucial que todas as áreas das instituições de saúde estejam atentas a este contexto.

Isto porque, situações de esgotamento podem afetar diretamente o atendimento ao paciente e, consequentemente, comprometer a segurança dele, além de prejudicar a reputação da instituição.

Nesse sentido, o departamento de tecnologia, em especial, tem acompanhado de perto este problema, sobretudo após o processo de transformação digital impulsionado pela pandemia de Covid-19, momento em que os profissionais do setor precisaram aprender a lidar com novas ferramentas e adaptar seus fluxos de trabalho junto às tarefas administrativas, aumentando consideravelmente o volume de funções e de informações clínicas disponíveis.

Como reduzir o esgotamento através do uso da tecnologia?

Para minimizar o desgaste nos ambientes hospitalares, a adoção de soluções tecnológicas relacionadas ao prontuário eletrônico do paciente (PEP) e às ferramentas de suporte à decisão clínica tem desempenhado papel fundamental.

A partir disso, profissionais da saúde têm acesso a plataformas que oferecem suporte à prática de primeira linha e melhorem a efetividade do time de atendimento. Essas alternativas podem ser cruciais para aliviar o estresse das equipes clínicas, permitindo que os profissionais se dediquem integralmente ao cuidado com o paciente.

Além disso, tendo em vista que a tecnologia rapidamente tornou-se parte integral do setor, cada vez mais as instituições precisam priorizar questões relacionadas à modernização, simplificação do fluxo de trabalho clínico, bem como a melhoria do atendimento virtual e da segurança da informação.

Dessa forma, à medida em que a relação entre o uso da tecnologia e a redução do esgotamento clínico tem ficado mais clara, os CIOs (chief information officers) têm concentrado suas atenções em otimizar os fluxos de trabalho dos médicos, particularmente sob a ótica da carga administrativa. Assim, a estruturação de um planejamento estratégico de soluções para melhorar a efetividade clínica, reduzir redundâncias e gerenciar custos tem sido primordial nas organizações.

Para que isso opere de modo efetivo, é fundamental que a instituição de saúde tenha ao seu lado uma estrutura de governança de TI atualizada, a fim de assegurar as decisões mais estratégicas para o seu desenvolvimento.

Já na outra ponta do atendimento, além de gerar ganhos significativos para a rotina hospitalar, é preciso que a estratégia digital de saúde atenda às principais demandas dos pacientes, com soluções intuitivas e interoperáveis. Isso garante a otimização do fluxo de trabalho, bem como melhor conforto e experiência ao paciente.

Importância das ferramentas de suporte à decisão clínica no fluxo de trabalho

A utilização desse tipo de recurso garante aos profissionais de saúde o acesso a informações relevantes e atualizadas que asseguram tomadas de decisão mais assertivas durante a prestação do cuidado.

A partir de evidências científicas, profissionais de saúde têm em mãos dados que contribuem diretamente para a redução da variabilidade clínica, eventos adversos e maior efetividade no diagnóstico. Esse cenário implica na melhoria da rotina de médicos e enfermeiros, que conseguem otimizar seu fluxo de trabalho, lidar melhor com o grande volume de informações, e, consequentemente, inibir situações de estresse.

Dessa forma, o bem-estar dos profissionais da saúde é essencial para assegurar um alto padrão de qualidade no atendimento e na segurança ao paciente. Com isso em mente e investindo em tecnologias efetivas, as instituições garantem melhor performance e maior engajamento por parte do corpo clínico e, consequentemente, tornam-se ainda mais competitivas.

*Aparecida Silva é gerente de contas da Wolters Kluwer, Health Brasil.

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